O ex-jogador Alexandre Pato, que atuou por clubes como São Paulo, Corinthians e Internacional, se ofereceu para custear o traslado do corpo da brasileira Juliana Marins, de 24 anos, que morreu na Indonésia após cair durante uma trilha no Monte Rinjani.
Segundo fontes próximas ao atleta, Pato “se colocou à disposição” para arcar com os custos do traslado ao Brasil, após a família da jovem enfrentar dificuldades com a repatriação do corpo e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informar que não poderia assumir as despesas.
A negativa do governo brasileiro tem respaldo legal. De acordo com o § 1º do artigo 257 do Decreto nº 9.199/2017, que rege a assistência consular, não há previsão legal para custeio de despesas com sepultamento ou traslado de corpos de brasileiros falecidos no exterior.
“A assistência consular não compreende o custeio de despesas com sepultamento e traslado de corpos de nacionais que tenham falecido no exterior”, informa o decreto.
Tragédia no Monte Rinjani
Juliana Marins, natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta na última terça-feira (24), quatro dias após desaparecer durante uma trilha com uma amiga no Monte Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok, na Indonésia.
Segundo relatos da família, a jovem sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros da trilha. Durante os dias de buscas, ela foi avistada diversas vezes em pontos diferentes da montanha, inclusive por meio de drones. No entanto, o resgate só foi concluído 14 horas após a última localização visual.
O corpo foi encontrado cerca de 650 metros abaixo do ponto de queda. Em nota publicada nas redes sociais, o Parque Nacional do Monte Rinjani informou que a operação de resgate foi realizada de forma intensiva e com extremo cuidado.
Juliana viajava pela Ásia desde fevereiro
Juliana Marins era publicitária formada pela UFRJ e dançarina de pole dance. Desde fevereiro, realizava um mochilão por países da Ásia, tendo visitado Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia.
O acidente ocorreu na última sexta-feira (20), enquanto fazia uma trilha com uma amiga no vulcão Rinjani. Em vídeos gravados pouco antes da tragédia, as jovens celebravam a paisagem: “a vista valeu a pena”, dizia Juliana em uma das gravações.
O caso gerou comoção nas redes sociais e entre grupos de brasileiros no exterior, que se mobilizaram para apoiar a família. Com a oferta de Alexandre Pato, os familiares aguardam agora a liberação do corpo e os trâmites legais para a repatriação.
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