Assunto em alta nas redes sociais, monarquia britânica enfrenta polêmicas após revelações do príncipe Harry

Com muitas regras de como se comportar, se vestir e falar, a família real britânica conseguiu se manter intacta ao longo dos anos, mesmo quando várias monarquias deram lugar ao parlamentarismo ou presidencialismo nos quatro cantos do mundo.

Muitos estudiosos tentam entender como é possível manter o tradicionalismo e ainda ser querido por parte do povo que os acompanha mesmo após o envolvimento de alguns membros em polêmicas que acabam se tornando o principal assunto não só no Reino Unido, mas em todo o mundo.

A família real é diferente das outras: são simpáticos, distantes e seguem protocolos de vestimenta até em situações casuais. Além disso, falam muito bem, cumprimentam o povo de forma graciosa e jamais deixam transparecer o que estão sentindo ou os problemas que possuem. Eles seguem regras e é muito raro algum deles quebrá-las.

Por exemplo, a família real não dá autógrafos, os herdeiros ao trono não podem viajar juntos, não tiram fotos de si usando o celular e não podem possuir contas pessoais nas redes sociais, além de não usar cartão de crédito para pagar contas ou chamar um Uber, coisas normais para os meros ‘plebeus’.

Quando algo dá errado e algum membro dessa tradicional família se envolve em escândalos, a rainha Elizabeth II precisa se desdobrar para cobrir a rachadura e não manchar a imagem que tanto temem perder. Agora, o Palácio de Buckingham tenta se reerguer após a polêmica entrevista dada pelo Príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle. O casal, que havia recebido a nomeação de duque e duquesa de Sussex quando oficializaram a relação, comunicou o desejo de se afastar de seus cargos na monarquia em janeiro de 2020 e anunciou oficialmente sua saída em março desse ano, perdendo então os títulos e deixando de lado seus deveres como membros da realeza ‘sênior’.

Meghan denúncia preconceito e descaso

Após o anúncio, ambos deram uma entrevista para a jornalista Oprah Winfrey, fazendo revelações que iniciaram uma crise institucional no palácio. Entre acusações de racismo, após discussão levantada por algum membro não revelado sobre quão escura seria a pele do filho do casal e descaso sobre a saúde mental de Meghan, quando o apoio psicológico pedido por ela foi negado, o jornal The Guardian afirmou que as revelações “serviram para colocar o dedo na ferida não só da família real, mas do Reino Unido, iniciando uma discussão nacional sobre o racismo”.

 Estudiosos da família real achavam que a realeza se manteria seguindo o lema perante escândalos, de não se queixar e não dar explicações. Mas com as questões preocupantes que foram levantadas, poucas horas após a entrevista, o palácio emitiu uma nota se defendendo e repudiando qualquer ato de racismo que tenham sofrido, tendo o Príncipe William se pronunciado também, afirmando prontamente que a família não é racista, assumindo um tom de revolta com a situação.

Agora, uma nova bomba veio à tona, quando o neto da rainha Elizabeth II participou de uma edição do programa The Me You Can’t See, apresentado pela Oprah Winfrey, falando sobre saúde mental. Manchete de diversos jornais pelo mundo, o filho caçula da princesa Diana afirma que em diversas ocasiões foi intimidado pelo pai, o príncipe Charles, comentando sobre o mesmo ser frio e distante emocionalmente, atacando a rainha indiretamente quando disse que a forma como o pai trata os filhos é culpa de sua criação, que também foi nesse formato.

 Segundo fontes próximas da família, a rainha Elizabeth e o Príncipe Charles se sentem extremamente tristes e atacados por Harry, e não entendem o motivo da revolta, além de se sentirem distantes do filho do príncipe, Archie, que tem apenas dois anos e foi embora do Reino Unido aos seis meses, não tendo contato pessoalmente com a família desde então.

Amor X ódio

Entre os americanos, Meghan se tornou uma heroína, mas para os britânicos ela é a vilã que cegou Harry e o afastou de sua família. Segundo pesquisa realizada pela YouGov, entre adultos de 18 a 24 anos, quase 60% mostraram simpatia pelo casal. Para os maiores de 65 anos, mais de 70% não os suportam. No geral, a maioria dos britânicos (58%) os rejeitam, principalmente a Meghan. Enquanto alguns estudiosos afirmam que o casal busca por publicidade, outros os defendem falando que mais cedo ou mais tarde, os problemas escondidos embaixo do tapete acabariam aparecendo quando alguém estivesse saturado das regras impostas pela família.

Na internet, não só os escândalos passaram a ser muito comentados, mas as regras que essas pessoas seguem também viraram tema de debate. Confirma algumas delas abaixo:

• Crianças com menos de oito anos não podem usar calças;

• quando a rainha levanta, todos devem se levantar;

• não podem demonstrar carinho em público;

• os sucessores do trono não podem viajar juntos;

• são proibidos de dar autógrafos ou tirar selfies;

• não podem virar as costas para a rainha;

• as mulheres não podem cruzar as pernas, apenas os pés;

• todos que estão nas primeiras posições na linha de sucessão precisam de autorização da rainha para se casar.

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