Barra Torres: Verificação de temperatura não tem fundamentação científica

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, criticou na terça-feira, 11, a aferição de temperatura por meio de câmeras térmicas e disse que o método não conta com respaldo científico. Segundo Barra Torres destacou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, o uso de medicamentos antitérmicos poderia levar ao registro de falsos negativos e outras doenças que causam febre poderiam causar falsos casos positivos.
“A questão da verificação de temperatura não tem fundamentação científica. É uma medida coadjuvante e educativa, mas é usada no Brasil inteiro. Hoje mesmo quando entramos aqui no Senado tivemos nossa temperatura aferida, mas ela não tem eficácia perante a Organização Mundial de Saúde na medida em que indivíduos que estão com a covid e são assintomáticos transmitem o vírus, porém têm temperatura normal”, afirmou o presidente da Anvisa.
Aeroportos
A Anvisa decidiu por não realizar barreiras sanitárias na área federalizada de portos e aeroportos por entender que a fiscalização poderia representar um foco de aglomeração de pessoas e consequente transmissão do novo coronavírus. No lugar, o diretor-presidente do órgão afirmou que a reguladora não fez nenhum óbice à fiscalização pelas entidades estaduais, desde que na área externa dos pontos de entrada. Conforme disse Barra Torres à CPI da Covid, a fiscalização não seria adequada na área interna dos aeroportos.
Segundo o presidente da Anvisa, “as medidas sanitárias de portos, aeroportos e fronteiras foram tomadas e graduadas no decorrer da pandemia. Obviamente, houve uma fase inicial em que a própria Organização Mundial de Saúde, durante 45 dias, não emitiu nenhuma orientação quanto à restrição”. “Muito pelo contrário, tenho aqui a OMS dizendo: ‘Não há que se restringir nem cargas nem pessoas’. Isso no início da pandemia”, completou.
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