O arrefecimento do IGP-M foi totalmente explicado pelo comportamento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de 4,96% para 1,26%. Os produtos agropecuários registraram deflação de 0,66%, após alta de 5,30%, enquanto o aumento dos industriais perdeu força, de 4,83% para 2,02%.
Por estágios de produção, houve desaceleração significativa de Matérias-Primas Brutas, de 9,53% em maio para 0,28% em junho, com contribuição de minério de ferro (18,30% para 1,25%), milho em grão (9,93% para -4,30%) e soja em grão (3,96% para -3,09%). Os bens intermediários também tiveram decréscimo, de 2,77% para 2,46%. Os bens finais, por sua vez, tiveram um avanço marginal, de 1,29% para 1,30%.
“Com a trégua oferecida pelas matérias-primas, o índice ao produtor registrou expressiva desaceleração. Neste momento, as pressões inflacionárias estão mais concentradas na inflação ao consumidor, que avança sob influência dos aumentos computados para energia e gasolina e, na inflação para a construção civil, que avança sob influência dos reajustes registrados no custo da mão de obra”, afirma André Braz, em nota, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou de 0,48% para 0,62%, com acréscimo em quatro de suas classes de despesa. O destaque vai para o grupo Transportes (0,20% para 1,62%), mais impactado por gasolina (-0,23% para 3,03%).
Vestuário (0,09% para 0,65%), Habitação (0,96% para 1,05%) e Despesas Diversas (0,15% para 0,26%) também tiveram acréscimo nas taxas. Em contrapartida, arrefeceram Saúde e Cuidados Pessoais (1,03% para 0,15%), Alimentação (0,39% para 0,27%), Comunicação (0,55% para 0,04%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,42% para -0,63%).
No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o avanço foi forte, de 1,25% em maio para 2,75% em junho, com contribuição do aumento de salário no setor. O indicador de Mão de Obra subiu de 0,06% para 3,70%, enquanto o de Materiais, Equipamento e Serviços arrefeceu de 2,40% para 1,84%.
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