Maysa Stela Zolet tem 9 anos de idade, ficou entre as três vencedoras do concurso, na categoria ‘alunos do 3º ano do Ensino Fundamental’ a nível municipal, venceu o Regional e, agora, disputa o Nacional com outros alunos sem nenhuma deficiência
No Município de São João, a Escola Municipal Castro Alves foi destaque no concurso cultural ‘Cooperativismo: uma forma de viver’, promovido pela cooperativa Sicoob.
Na escola, entre as três alunas que venceram o concurso no nível municipal, encontra-se Maysa Stela Zolet — menina cega, com 9 anos de idade — que venceu a fase Regional e, agora, disputa a Nacional.
Além de Maysa, suas colegas, as gêmeas Carolina de Carvalho e Vitória de Carvalho, ambas com 9 anos, também venceram na etapa municipal do concurso. As três estudantes frequentam o terceiro ano do Ensino Fundamental na escola.
A premiação pela fase municipal aconteceu na última segunda-feira (22), na Escola Municipal Castro Alves. Cada uma das vencedoras recebeu como prêmio um kit escolar, contendo uma mochila com materiais para estudos.
‘Cooperativismo: uma forma de viver’ é um projeto que tem por objetivo desenvolver, nos estudantes, a cultura de cooperação, através da reflexão e debate em sala de aula. A intenção é tornar os alunos mais críticos, conscientes e responsáveis pela construção de um mundo melhor para se viver.
No concurso, os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental competiram com a produção de desenhos e os do 5º ano, com produção de texto narrativo.
Concurso na escola
Na prática, de acordo com a professora regente do 3º da Escola Municipal Castro Alves, Iale Rosângela do Nascimento, o concurso funcionava todas as sextas- feiras de setembro e outubro, durante duas aulas, que eram separadas para os alunos desenharem sobre o tema.
“Cada semana íamos aprimorando as ideias que surgiam e passando a limpo os desenhos, pensando sempre no tema fundamental, que é o cooperativismo, e nas normas exigidas, como originalidade e criatividade, título, abordagem correta do tema e estética”, contou.
Segundo a professora, para que Maysa participasse da competição, foi preciso um pouco de pesquisa sobre como fazer um desenho em braille. “Eu pedi dicas para uma professora de Pato Branco, especializada em braille de como se fazia um desenho. Aprendi, expliquei à Maysa e fomos aprimorando. Ao todo, foram feitas nove versões para chegar no desenho vencedor, que agora está na fase nacional”, relembrou, explicando que o trabalho da aluna cega foi analisada por uma comissão cega do concurso.
Etapa Regional
A aluna Maysa, assim como as outras colegas, passou para a etapa regional do concurso — que abrangeu 17.745 alunos de 84 municípios do Paraná, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo — e venceu. Como prêmio, levou para casa um tablet.
Nessa etapa, além da aluna, a professora Iale também foi premiada, com R$ 1 mil.
Nacional
Agora, a estudante está competindo com os outros ganhadores das regionais. O resultado da fase final será divulgado em dezembro. O prêmio para o vencedor desta categoria é um notebook.
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