Estudantes do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Mater Dei estiveram na Escola Municipal Professora Maria Jurema Ceni apresentando para os alunos do Infantil 5 e 5° ano o projeto Veterinário Mirim.
Em torno de 280 alunos participaram do projeto, que contou com palestras e dicas sobre a importância da vacinação e da vermifugação de animais domésticos para prevenir doenças e a transmissão para seres humanos. No local, ainda participaram os cães da Polícia Militar e Polícia Rodoviária.
“É fundamental para que nossas crianças tenham conhecimento dos cuidados com a proteção de vacinas nos animais e doenças transmissíveis”, afirma a diretora da Escola Municipal Professora Maria Jurema Ceni, Naira Marisa Topazio.
A diretora complementa que “foi um momento muito importante, pois as crianças receberam informativos e dicas de cuidados com os animais domésticos, carteirinha de vacina, ímã de geladeira, Qr Code e também receberam um bloco de infração para que se sintam importantes na proteção dos animais”.
O aluno do 5° ano, Apolo Fernando Kringer, esteve presente na manhã de aprendizado do projeto e afirmou que, no passado, tinha um cachorro e, junto com sua família, levavam o animal para o veterinário tomar suas vacinas e vermífugos.
Um dos acadêmicos responsáveis pelo projeto, Marcio Alexandre Wietholter, explica que é o projeto integra a grade curricular do curso de Medicina Veterinária e o tema foi escolhido pelo grupo para destacar a importância da vacinação e vermifugação dos pequenos animais. “Todos os animais que estão em convívio familiar precisam dessas medidas. Então desenvolvemos esse trabalho com a intenção de identificar problemas junto da sociedade e apresentar soluções”.
De acordo com o acadêmico, o grupo buscou fazer um trabalho pedagógico junto a escola para levar a palestra até as crianças, que devem disseminar a informação para seus familiares, amigos e vizinhos, além de crescer com o entendimento sobre os cuidados aos animais.
“É importante que eles cresçam entendendo que as leis mudaram e que os animais são seres vivos e merecem respeito. Era comum antigamente os animais ficarem apenas no quintal e hoje eles convivem em ambiente familiar, dormem com as pessoas, sentam no sofá e, se não for feita essa prevenção de controle de zoonoses, não vacinar o animal, ele pode sim passar doenças para os humanos”, aponta.
Além da palestra, as crianças receberam um material informativo com dez dicas sobre a saúde dos animais, uma carteirinha de vacina e um bloco de notificação para alertar seus familiares e vizinhos.
“O bloco permite que eles se tornem fiscalizadores mirins, pois permite que apliquem uma multa quando identificar que algum familiar não tenha vacinado ou feito a vermifugação do animal”, afirma, explicando que a ao aplicar a multa, a criança poderá escolher entre doces, passeios ou a prática de esportes.
Segundo Marcio, os pais também estarão recebendo um material para que cobrem as crianças de fazer tarefas mais simples como a troca de água, oferta de ração e outros cuidados com o animal. Ainda integram o grupo de trabalho, as acadêmicas Ana Paula Gonçalves Vieira, Eduarda Destri, Emanuelle Zancanaro e Maria Luiz Bertolin, com a orientação da professora Dra. Camila Dalmolin.
A médica veterinária Graziela Zucoloto Lovatto, destaca que em Pato Branco as zoonoses estão controladas devido a alta abrangência da vacinação animal. “A raiva, por exemplo, está controlada tem um bom tempo e é uma doença que já está bem controlada. Porém, é importante que a população não descuide, sendo a principal medida de prevenção a vacinação”.
De acordo com Graziela, quando infecta um ser humano, a raiva pode ser bem perigosa. Porém, por não ser comum, ela diz “ser difícil imaginar como seria”. No caso do animal infectado, ele deve permanecer em isolamento por 40 dias, e se houver sintomas em humano, deve procurar atendimento médico.
No caso das verminoses, a médica veterinária destaca a necessidade de fazer a vermifugação dos animais e dos seres humanos.
“As pessoas também têm que tomar vermífugos, evitar alimentos e água contaminados e manter a higiene em dia”, conclui.
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