A brasileira de 29 anos chegou ao pódio olímpico pela primeira vez na carreira. Sua estreia foi nos Jogos de Pequim, em 2008, quando tinha apenas 16 anos e chegou na quinta colocação. Quatro anos depois, se frustrou por não conseguir a vaga para a Olimpíada de Londres. Já no Rio, em 2016, ficou em décimo lugar na prova que teve a brasileira Poliana Okimoto sendo bronze.
A medalha olímpica se junta a outros pódios de competições importantes. Só em Campeonatos Mundiais a nadadora tem 11 pódios, sendo os mais relevantes o tetra nos 25 km, o ouro nos 5 km, em 2019, e uma prata e dois bronzes na distância de 10 km. Neste ano, em março, ela venceu a etapa de Doha, no Catar, da Série Mundial.
Mesmo com a prova marcada para as 6h30 da manhã no horário do Japão, para fugir do calor, a temperatura da água no Parque Marinho de Odaiba passava dos 29°C. Então, numa distância de 10 quilômetros dentro de um percurso de sete voltas, era inevitável sentir dificuldades a cada braçada.
Ana Marcela começou no grupo da frente logo após a largada e sempre esteve entre as primeiras posições. Chegou a liderar por um bom tempo, o que implica fazer mais esforço, mas também revezou com outras atletas até para poder pegar o “rastro” de quem estava na frente, o que faz com que se canse menos na prova.
Com pouco mais de sete quilômetros de disputa, a nadadora Ashley Twichell, dos Estados Unidos, estava dando 46 braçadas por minutos enquanto que a brasileira fazia apenas 36, o que mostrava que ela estava conseguindo se manter veloz fazendo menos esforço que a adversária.
Ela entrou para os últimos 1,39 km de prova, na última volta, na segunda posição, 2,6 segundos atrás da alemã Leonie Beck. E foi nesse momento que começou a aumentar o ritmo das braçadas e o grupo foi se dividindo um pouco. Ana Marcela liderou até o fim e conquistou o ouro olímpico pela primeira vez na carreira.
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