As representantes do Brasil tiveram um caminho duro desde antes do início da Olimpíada, pois sofreram com lesões na fase de preparação, e as dificuldades continuaram nas areias do Japão. Elas perderam duas vezes na fase de classificação, mas avançaram ao passarem por Makokha e Khadambi, do Quênia, em uma campanha de superação.
Depois disso, venceram as então invictas chinesas Wang e Shia, que chegaram para o confronto como favoritas. Nesta segunda, sabiam que o duelo seria ainda mais difícil, já que tinham pela frente um encontro com as quartas colocadas do ranking mundial, no qual Ana Patrícia e Rebecca aparecem em 16º lugar.
O início do primeiro set foi de muito equilíbrio. Após saírem atrás no placar, as brasileiras buscaram o empate duas vezes até conseguirem a virada por 3 a 2, quando Rebecca pontuou. Seis ralis depois, as adversárias voltaram a ficar em vantagem, com 5 a 6 no placar. A partir daí, chegaram a abrir uma diferença de quatro pontos. Em uma disputa muita falada, com reclamações constantes do lado suíço, Ana Patrícia e Rebecca até diminuíram para um ponto nos últimos ralis, mas perderam por 21 a 19.
Durante o segundo set, após início com uma série de viradas, a dupla do Brasil assumiu o comando depois que conseguiu abrir 10 a 9 de vantagem. Explorando bolas largas, Rebecca incomodou as suíças com pontos seguidos no fundo da quadra, enquanto Ana Patrícia trabalhava bem nos bloqueios, com ambas afinadas na defesa. A vitória do set, por 21 a 18, foi garantido com duas largadinhas no final.
O tie-break trouxe certo nervosismo para o lado brasileiro. Ana Patrícia cometeu erros de ataque e recepção em momentos nos quais o Brasil poderia ter aproveitado melhor os rallys. De uma maneira geral, os ataques não estavam funcionando, diferente das investidas das adversárias, que conseguiram abrir vantagem de três pontos. Após dois pontos de Ana Patrícia e um erro de Vergé-Depré, a diferença caiu para um, mas logo as suíças voltaram a ampliar.
Quando a dupla da Suíça buscava o match-point, a esperança brasileira foi renovada após um desafio que validou o 12º ponto contra 14 das rivais europeias. A frustração, contudo, veio logo em seguida, quando Ana Patrícia mandou o saque na rede, último lance da dupla nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Como Ágata/Duda e Evandro/Bruno Schmidt também já foram eliminados, a última esperança de medalha no vôlei de praia para o Brasil é a dupla Alison e Álvaro, que jogam as quartas de final na noite de terça-feira, contra os letões Martins Plavins e Edgars Tocs.
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