Nas debêntures, o volume do primeiro semestre equivale a 82% de tudo que foi captado em 2020. Além disso, as empresas estão conseguindo lançar papéis com prazos mais longos, voltando a patamares de alongamento de antes da pandemia. Na renda variável, o volume de operações somou R$ 68 bilhões, nível também recorde. Desse total, R$ 35 bilhões foram de aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês).
Em apresentação à imprensa nesta quinta-feira, o vice-presidente da Anbima, José Eduardo Laloni, do ABC Brasil, disse que apesar de alguns percalços na primeira metade do ano, como em março, mês de piora da pandemia, as emissões, sobretudo de ações, continuaram fortes. “Apesar de ter tido alguns adiamentos e cancelamos no mercado de IPO, entendemos como uma coisa normal, é o mercado funcionando.”
Para o segundo semestre, Laloni destaca que existem 29 empresas na fila na lançar ações, dos quais 28 são de aberturas de capital.
Sobre os juros, com a Selic podendo chegar a 6% ou 6,5% ao final do ano, o executivo destaca que ainda é um patamar baixo historicamente, considerando que o Brasil teve por anos taxas em dois dígitos. “A diversificação de carteiras veio para ficar”, disse ele.
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