O “Spider” reforçou que não precisa nem quer provar nada para ninguém. Ainda sim, deseja se especializar em mais artes marciais e, por isso, pretende lutar em algumas delas e ter mais propriedade para descrever e explicar determinados movimentos do esporte.
Aos 46 anos, o ex-campeão peso-médio conversou com jornalistas nesta quarta-feira e afirmou repetidas vezes que está contente e vivendo um “momento especial”. Ele avalia que ao enveredar para o boxe não coloca em risco a vitoriosa história que construiu no MMA.
“Acho que estou tendo a oportunidade de fazer algo especial em minha vida. Eu amo lutar. Não quero provar nada a ninguém. Quero passar uma boa mensagem para as pessoas no mundo de que não é apenas sobre lutar, é sobre o quanto você ama fazer o que faz. É especial o que estou fazendo”, disse.
O brasileiro enfatizou que vai lutar porque ama o boxe, não para provar que um esporte é melhor que o outro. “O boxe é um esporte diferente do MMA. As pessoas precisam respeitar o boxe e respeitar o MMA. Eu não estou aqui para representar o MMMA. Estou aqui para representar a minha família e dar o meu melhor”, enfatizou.
O momento de Anderson não é bom. O lutador perdeu três lutas seguidas e venceu apenas um duelo entre 2013 e 2020. Na sua despedida do UFC, foi nocauteado por Uriah Hall. No entanto, isso não apaga o fato de o brasileiro ter encerrado sua história com a organização somando vitórias inesquecíveis sobre nomes como Vitor Belfort, Chael Sonnen e Forrest Griffin, além de recordes. Entre os seus principais feitos está o reinado mais longo de todos os campeões da organização – ostentou o título da categoria peso-médio por quase sete anos, entre outubro de 2006 e julho 2013.
Anderson conquistou o título da categoria logo após sua estreia no UFC e o defendeu dez vezes. Não à toa, o veterano é considerado por boa parte da comunidade do MMA um dos maiores nomes da história do esporte. Agora, aos 46 anos, renovado, quer continuar se desafiando e aproveitar o que o esporte lhe oferece.
“Em toda a minha vida eu sempre tentei me desafiar. Eu aceitei todo o tipo de desafios, lutei em vários países com diferentes oponentes. É um momento especial. So quero curtir. Estou muito feliz com o que estou vivendo”, observou o lutador, que, naturalmente, teve de se adaptar na preparação para a luta de exibição diante do mexicano. Na nobre arte, ele competiu apenas duas vezes, em 1998 e 2005, com uma vitória e um revés.
“Eu treinei boxe por alguns anos no Brasil. Lutei profissionalmente, claro que não no mesmo nível. Amo boxe e quando comece minha carreira tentei lutar boxe, mas a minha vida mudou e fui para o MMMA. Há diferenças na preparação em relação ao que eu estava acostumado, mas adaptei meu corpo, estou feliz e quero desfrutar”, destacou.
Adversário do brasileiro, Julio Cesar Chávez Jr, de 35 anos, é filho do lendário pugilista Julio Cesar Chavez, e iniciou sua carreira no boxe em 2003. Seu cartel inclui 52 vitórias, sendo 34 por nocaute, cinco derrotas, um empate e um no contest (sem resultado).
No Brasil, a luta de Anderson Silva contra o mexicano Júlio Cezar Chávez Jr no evento, intitulado “Tributo aos Reis”, terá transmissão exclusiva e ao vivo pela plataforma de vídeos ZoOme.TV. A narração será de Éder Reis e os comentários de Rogério Minotouro e Acelino Popó Freitas, o Popó.
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