Andreia começou escrevendo que, ao descobrir que estava grávida de gêmeos, começaram os palpites sobre tudo. “Sobre como seria difícil amamentar 2, a dor, como eu não teria leite, como eu ia ficar esgotada a cabeça já estava a mil – e, de repente, precisei lidar com os medos dobrados sobre um novo mundo. Como boa ansiosa, sofri muito por antecipação, chorei e tentei me preparar, principalmente a cabeça: ‘se não der, ok. Vou fazer tudo que eu puder e me orientarem a dar’, repetia para mim mesma.”
Já na maternidade, ela recebeu ajuda das enfermeiras e fez muitas perguntas sobre o assunto para os médicos: “Conversei bastante com os médicos sobre o assunto, os benefícios, o que fazer se não conseguisse [amamentar]. Entrevistei mesmo”.
Chegando em casa com os bebês, Andrea colocou em prática tudo o que aprendeu e se surpreendeu ao perceber que estava tendo sucesso. “Eu não acreditei quando os vi mamando sem supervisão profissional. A mãe amadora começou a chorar de emoção (e de dor no começo e de exaustão, esgotamento, felicidade, um mix dali para a frente).”
Sadi frisou que este é o relato de sua experiência, mas cada mãe tem a sua jornada e não deve ser julgada, pois todas querem o melhor para seus filhos. “E, olha, eu pensei em desistir várias vezes de exaustão, esgotamento profundo. Não romantizem nem olhem torto para decisão ou situação de ninguém! Vejo muito isso nas redes sociais e fico triste. Eu vou defender até a eternidade cada mãe e suas escolhas, sua realidade, seus desafios. Sejamos rede de apoio!”, defendeu.
Apesar do cansaço, a jornalista conta que todo dia agradece por alimentar os gêmeos. “Amamentar dois (um de cada vez por aqui, não mamam juntos, o que estica o tempo de cada turno e eu ainda ofereço complemento depois se eles quiserem!) é a coisa mais poderosa que eu já fiz. E a mais cansativa também. Brinco que ressignifiquei o conceito de exaustão, mas a recompensa é inacreditável: aqueles olhinhos me olhando, rindo de lado, quando estão mamando me quebram: de amor, de cumplicidade, de meu mundo inteiro num abraço. Obrigada por me escolherem, duplinha.”
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