No mercado, esse financiamento que conta com faturamento futuro é apelidado de “crédito-fumaça”. Segundo Carlos Macedo, analista ligado à plataforma Ohmresearch, é uma operação altamente sensível a solavancos da atividade econômica – justamente a situação que o Brasil vive hoje, com sucessivas revisões para baixo do crescimento tanto para o ano que vem. “Se o cliente toma crédito neste mês, e as vendas caem no seguinte, aquela garantia não existe”, resume.
Procurada pela reportagem, a Stone não quis se pronunciar. Na época de sua divulgação de resultados, no entanto, a companhia informou que está reestruturando seu produto de crédito para utilizar outras formas de garantia. Em vez de deter-se apenas no fluxo de recebíveis de seus clientes, a credenciadora sinalizou que outros ativos podem ser usados para assegurar o crédito.
O crédito-fumaça é uma aposta do setor de adquirência, mas há diferenças entre cada uma delas. Em empresas como Cielo, Rede e GetNet, a maior parte desse tipo de crédito é feita pelos bancos às quais as companhias estão ligadas – Bradesco, BB, Itaú e Santander, respectivamente -, e não pela adquirente em si. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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