“A gente tem que sempre estar melhorando. Acertamos os pontos que precisávamos, treinamos muito para isso. É usar o que temos de melhor, impor nosso ritmo de jogo e o que temos trabalhado até aqui. Quero ajudar minhas companheiras da melhor forma possível, usando tudo que tenho. Vejo a equipe bem preparada e estamos bem empolgadas e ansiosas para nossa estreia”, disse.
Esta será a segunda participação de Debinha em Jogos Olímpicos. Em 2016, a atacante defendia as cores do Dalian Quanjian, da China, e chegava à Olimpíada no Rio de Janeiro recém-recuperada de uma lesão do ligamento cruzado anterior, em virtude de uma entorse no joelho direito. Hoje, aos 29 anos, ela vê sua evolução física como um dos principais trunfos para ajudar a equipe em Tóquio.
“Me vejo uma jogadora mais madura, mais experiente. Acho que em 2016 eu não vinha de um ano muito bom lá na China, logo na sequência da lesão que eu tinha sofrido no ano anterior. Eu estava voltando a jogar. Ir para os Estados Unidos me deu força física, evoluí muito como atleta. A preparação que eu tenho lá no (North Carolina) Courage, e, claro, a confiança que a (técnica sueca) Pia (Sundhage) me dá, têm me ajudado muito aqui na seleção”, avaliou Debinha, que não poupou elogios à comandante.
“Temos uma arma na mão, uma técnica muito experiente em Olimpíada e Mundial. Ela conhece muito bem o que é jogar essa competição e enfrentar grandes equipes. Estamos em ótimas mãos”, resumiu.
A atacante apontou a evolução do jogo coletivo como um dos destaques da preparação brasileira durante este ciclo olímpico. Nesta terça-feira, o grupo faz seu último treinamento antes da partida contra a China, no Miyagi Soccer Field. “Hoje a gente vê a equipe com uma organização tática muito diferente. O individual vai aparecer quando for preciso. Todo mundo comprou a ideia do que a Pia trouxe pra gente, é uma escola diferente e acho que isso ajudou muito na nossa evolução. Com certeza, todo mundo entendeu o que ela passou pra gente, estamos todas na mesma página, então acredito que faremos uma ótima campanha”, projetou, analisando também o desenvolvimento da modalidade no país:
“Vemos o crescimento tanto dos clubes como da Seleção e acho que nossa briga diária é essa mesmo, fazer nosso melhor hoje para a próxima geração. Acredito que a gente vem ganhando nosso espaço, e é claro que a gente não vai parar por aí. Hoje, nosso foco é ganhar o ouro, é coroar as gerações que passaram por aqui, mas pensando também nas que estão para chegar”, concluiu.
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