Com vento forte e ondas altas neste sábado, Scheidt garantiu um terceiro lugar na primeira prova, assumindo a liderança provisória do campeonato. No entanto, na segunda corrida, terminou em sexto, colocação insuficiente para tirar o primeiro lugar geral de Buhl, que obteve um segundo e primeiro lugares.
“Na primeira regata do dia, montei a primeira boia entre sexto e sétimo, trocando de posições com o alemão. Ele me ultrapassou e eu retomei à frente. Na última perna de popa ele avançou novamente e terminou em segundo, comigo em terceiro. É um cara que veleja muito bem em vento forte e era o mais veloz da flotilha nesse último dia. Eu sabia que, mesmo com uma vantagem de quatro pontos, não poderia cometer erros na prova final. Mas acabei tomando algumas decisões erradas no início e fiquei um pouco para trás. Ainda consegui uma boa recuperação e ultrapassei o inglês (Beckett) no popa final e garanti a prata”, disse Scheidt.
O brasileiro cruzou a linha de chegada sete vezes entre os dez primeiros colocados na competição em Vilamoura. Levando em conta apenas a lista de top cinco, foram seis provas, com uma vitória, três segundos lugares, um terceiro e outro quinto.
“Foi uma semana muito boa e fico feliz não só pelo resultado, mas por ver que estou subindo de nível e encarando os melhores do mundo. Os treinos dos últimos meses surtiram efeito. Estou velejando bem nos ventos fracos, médios e fortes e é sempre bom saber que, quando trabalha, a gente melhora”, completou o velejador brasileiro.
A disputa envolveu 139 competidores, entre os melhores do mundo, a exceção dos velejadores da Austrália e Nova Zelândia, países que adotaram medidas restritivas contra a covid-19 muito rígidas internamente e que têm evitado enviar seus atletas para competições no exterior.
O resultado em Portugal coloca Scheidt, aos 48 anos, na lista de candidatos a uma medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com vaga garantida na classe Laser para a Olimpíada, o brasileiro, que completou 48 anos no último dia 15, está prestes a disputar o maior evento esportivo do planeta pela sétima vez, um recorde entre os atletas do Brasil, e busca no Japão a sua sexta medalha olímpica.
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