Faleceu no final da manhã desta segunda-feira (4), Getulio Ruy Palma. Ele estava internado no hospital São Lucas, em Pato Branco.
O velório do jornalista aposentado será velado a partir das 16h de hoje, na Funerária Nossa Senhora Aparecida. Seu sepultamento está previsto para a manhã da terça-feira (5), no cemitério do bairro Sambugaro.
Homenagem
Em 2019, Getúlio foi um dos agraciados com o troféu Semeador de Sonhos, iniciativa que criada para homenagear pioneiros do município que atingiram ou já ultrapassaram os 90 anos de idade.
Inclusive o troféu foi criado pela comemoração dos seus 90 anos.
Na ocasião, Getúlio afirmou que a idade de 90 anos “é confusa”. Ele ainda disse ser um período que o presente se mescla as muitas memórias colecionadas ao longo da vida. Palma diz que sente especial nostalgia pela infância. “Em todo caso a gente continua de pé, lutando, vivendo nesse lugar que é Pato Branco”, concluiu na ocasião.
Autodidata, Getúlio segundo o pesquisador e membro da Academia de Letras e Artes de Pato Branco (Alap), Erlindo Rosa afirmava que nasceu embrulhado em jornais.
Tão logo chegou a Pato Branco, ingressou no jornal “A Razão”, semanário dirigido pelo Vitor Silvio Biazus. “Não precisou de muito tempo, para ter sua capacidade profissional reconhecida pela sociedade. Um repórter e editorialista autentico e verdadeiro em suas opiniões. Sempre foi da opinião que a verdade deveria ser dita. Um crítico e analista político como poucos”, lembrou Erlindo na homenagem feita em 2019.
Getulio ainda atuou em outros jornais instalados em Pato Branco ao longo dos anos. Ao lado de líderes políticos, nas décadas de 1950 e 1960, lutou pela criação do Estado do Iguaçu.
“Conheci o jornalista Getúlio Rui Palma, pelo decorrer do ano de 1973, quando comecei como colunista no jornal Correio do Sudoeste, do senhor Clóvis Padoan, cuja redação funcionava no subsolo do prédio do Dettoni, em frente a Matriz São Pedro. Todo o pessoal o chamava de “o professor”, inclusive o redator-chefe do semanário, Manoel Costa. Professor, porque Getúlio era autêtico no que falava e escrevia. Pessoa de opinião formada, não tinha temos algum em dizer a verdade sobre os fatos. Tinha visão política, harmonioso nas colocações, intermediava um diálogo e o mais importante conseguia expor seu ponto de vista, mesmo contrário, sem ofender as pessoas”, assim o descreveu Erlindo definindo Getulio como “um apaixonado por Pato Branco.”
Atuação profissional
Autor de dois livros, Getulio Ruy Palma publicou centenas de artigos, e conduziu a coluno O Palco da Vida, por muitos anos desde 1980.
Antes de chegar a Pato Branco, trablahou em Erechim (RS), no jornal A Voz da Serra e em Passo Fundo, no Diário da Manhã. Já no Paraná, além do A Razão, escreveu para a Folha Regional e Correio do Sudoeste.
Getulio deixa, cinco filhos, 17 netos e quatro bisnetos.
Parabéns pela publicação sobre o Mestre Getúlio Rui Palma!