Uma das razões da insegurança, segundo a Boa Vista, está no aumento de pessoas que sofreram com fraudes em compras anteriores – são 37% em 2021, contra 27% em 2020. A principal fraude registrada foi o uso indevido do cartão de crédito por terceiros, com 45% das menções, seguido por golpe em casos de compras em sites falsos, com 26%.
Apesar disso, na comparação de 2020 com 2021, caiu de 22% para 12% o número de consumidores que não costumam fazer compras pela web. No entanto, 71% declararam que se sentem inseguros em fornecer dados pessoais (em 2020 eram 53%), e outros 29% dizem não saber identificar se um site é seguro ou não.
Ainda de acordo com o levantamento, o total de consumidores que tiveram problemas com compras na web no período passou de 49%, em 2020, para 53%, neste ano. Em 33% dos casos os problemas não foram resolvidos. As principais queixas foram de atraso na entrega, apontado por 36% dos entrevistados, produtos não recebidos (29%) e produtos danificados, 8%.
Para 67% dos consumidores que pretendem fazer compras, as oportunidades tendem a ser vantajosas, principalmente no que diz respeito aos preços. Quase metade dos entrevistados (48%) pretende aproveitar as oportunidades de descontos, enquanto 43% têm se planejado ao longo do ano para realizar a compra.
“Em virtude das medidas sanitárias adotadas durante a pandemia, vimos um aumento significativo das compras online. Muita gente que ainda preferia comprar nas lojas físicas se viu mudando de hábito. Com isso vieram os aprendizados e as comodidades de se comprar pela internet, mas também alguns problemas relacionados às compras neste ambiente”, afirma Lola de Oliveira, diretora de Marketing e Relacionamento com o Cliente da Boa Vista.
Ela lembra do Censo da Fraude 2021, um estudo da Konduto, empresa especializada em antifraude transacional para e-commerce, meios de pagamentos e contas digitais, recém-adquirida pela Boa Vista, que constatou que esse aumento das compras online foi tanto e legítimo que serviu para equilibrar o número de tentativas de fraude. “O resultado é que, nos seis primeiros meses do ano, o porcentual de fraudes caiu em quase todos os Estados do País”, revela Lola de Oliveira.
Queridinhos
Com 54% e 52% da preferência, os eletrodomésticos e os eletrônicos, respectivamente, continuam sendo as categorias mais procuradas na Black Friday. Em 2020, ambas registraram preferência de 47% e 44% dos consumidores, respectivamente. 63% dos entrevistados afirmaram que irão comprar produtos que ainda não possuem, 34% buscarão produtos que irão substituir outros já em uso e 3% pretendem adquirir lançamentos.
O parcelado será a opção de 69% dos consumidores para pagamento na Black Friday deste ano, ainda segundo a Boa Vista. Entre eles, 38% utilizarão o cartão de crédito, 25% o cartão de débito e dinheiro e 12% optarão pelo Pix.
Aumento de preços
A pesquisa identificou ainda que 33% não farão compras nesta data. A principal razão está na percepção do aumento dos preços com 27% das menções, contra 16% em 2020 e 12% em 2019. O segundo motivo mais citado foi a desvantagem de comprar na data (21%), seguido por contenção de despesas (17%) e priorização de outras contas da casa (14%).
A pesquisa realizada pela Boa Vista foi feita por meio de questionário de autopreenchimento, encaminhado por e-mail, entre outubro e novembro de 2021. Contou com a participação de aproximadamente 600 consumidores de todas as classes sociais e regiões do País, inclusive aqueles que buscaram informações e orientações no site Consumidor Positivo da Boa Vista. A margem de erro é de 3%, para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 90%.
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