Familiares acusam integrantes da Guarda Civil Municipal de terem matado o rapaz depois que ele tentou fugir de uma abordagem.
A prefeitura e a Polícia Civil apuram as circunstâncias da morte.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o ônibus seguia seu itinerário por uma rua do bairro, quando o motorista foi rendido por um grupo armado. Eles o fizeram descer e usaram combustível para atear fogo ao coletivo, que estava sem passageiros. O veículo ficou completamente destruído.
Os bombeiros também apagaram as chamas dos contêineres incendiados para evitar que atingissem as casas.
Não houve feridos e ninguém foi preso. Por medida de segurança, a Urbes, empresa municipal de transporte, reduziu o número de ônibus nas linhas que atendem o bairro.
O veículo incendiado, pertencente a uma concessionária de transporte coletivo, teve perda total. A Polícia Civil vai investigar os ataques.
Durante o dia, a Polícia Militar reforçou as rondas no bairro para prevenir novos atos de vandalismo. Ninguém assumiu a autoria dos ataques, mas a polícia vê relação com a morte de Senna.
Conforme denúncia dos familiares, o rapaz foi visto pela última vez quando era abordado por uma viatura da Guarda, na quarta-feira passada, 28. Por ser usuário de drogas, segundo os familiares, ele fugiu para uma mata e foi perseguido pelos guardas. Moradores ouviram dois disparos e, em seguida, a viatura deixou o local.
O corpo, achado quatro dias depois e retirado do rio pelos bombeiros, tinha uma marca de tiro. Após denúncia da família, a Polícia Civil abriu investigação.
A prefeitura, através da Secretaria de Segurança Urbana, abriu um processo de sindicância para que o caso seja apurado. Conforme a pasta, uma análise do GPS das viaturas da Guarda que estavam em serviço quando André desapareceu, indicou que nenhum veículo da GCM esteve no bairro naquele dia.
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