Prova disso é a maior presença de ex-jogadoras nos cargos de liderança como Duda Luizelli e Aline Pellegrino na Coordenação das Seleções Femininas e Competições Femininas, respectivamente. Nos gramados, a treinadora Simone Jatobá, a preparadora de goleiras Marlisa Wahlbrink e as auxiliares Jessica de Lima e Beatriz Vaz fazem parte deste processo na área técnica. Soma-se a elas a chegada de Mayara Bordin, hoje administradora das equipes brasileiras.
Ao longo da carreira de meio-campista, a curiosidade de entender o futebol mais profundamente foi o que moveu Beatriz Vaz. Antes mesmo de se aposentar, ela fez o curso de Gestão de Futebol e Licença B para Treinadores, ambos da CBF Academy, e seu interesse chamou a atenção. Em 2017, quando atuava pelo Audax-SP, Bia recebeu o convite para fazer parte da comissão técnica do técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, na seleção principal. Hoje, a auxiliar também faz parte da equipe da sueca Pia Sundhage, ao lado dos auxiliares Lilie Persson e Anders Johansson.
“No futebol, a gente precisa de pessoas que acreditem no nosso potencial e entendam o processo que vamos passar para construir o nosso conhecimento. Há três anos e meio estou podendo ajudar, entendendo, dividindo e compartilhando. Eu me sinto muito sortuda e privilegiada de fazer parte disso tudo e espero sempre fazer parte do futebol e somar, essa é uma palavra que eu gosto muito”, declarou Bia Vaz.
Em outubro do ano passado, Mayara Bordin ingressou no grupo de ex-atletas que somam às seleções brasileiras femininas. A ex-volante participou de duas convocações da seleção feminina sub-17 e, neste ano, foi convidada para fazer parte da delegação principal no Torneio She Believes, nos Estados Unidos, em fevereiro, e atualmente está reunida na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), junto com a delegação.
A carreira de Mayara foi uma montanha russa de emoções entre conquistas e lesões. Quando pendurou as chuteiras, encontrou na gestão esportiva um caminho de permanecer no ambiente que ama e contribuir para a modalidade.
“Estar nos locais em que eu estive como atleta traz lembranças muito boas, como a Granja por exemplo. São sensações inexplicáveis. Estar vestindo o uniforme da CBF me lembra das sensações que eu tive quando vestia os uniformes de atleta. E agora poder fazer coisas para melhorar as condições das atletas me faz muito feliz”, afirmou Mayara.
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