O uso da palavra “todes”, nova forma neutra de gênero gramatical sem definição de gênero (masculino e feminino) e que permite a inclusão de pessoas não-binárias, provocou muitas críticas.
“Mudança em idioma tem que ser uma coisa natural e orgânica, não pode ser imposta e forçada”, escreveu uma usuária. “Talvez um dia esse ‘todes’ será incorporado naturalmente, mas hoje é só gíria de uma bolha. Hoje ‘todes’ não existe no nosso idioma.” Já outra completou:”O uso de ‘Todos’ assim como ‘Pessoas’ não faz exclusão”.
Houve quem apoiasse a iniciativa: “muito feliz por uma instituição tão importante e necessária reconhecer a necessidade de inclusão regional, cultural e de gênero pela língua”, escreveu um usuário.
Sobre o assunto, a instituição declarou, em comunicado: “Desde sua fundação, em 2006, o Museu da Língua Portuguesa se propôs a ser um espaço para a discussão do idioma, suas variações e mudanças incorporadas ao longo do tempo. Sempre na perspectiva de valorizar os falares do cotidiano e observar como eles se relacionam com aspectos socioculturais, sem a pretensão de atuar como instância normatizadora. Nesse sentido, o Museu está aberto a debater todas as questões relacionadas à língua portuguesa, incluindo a linguagem neutra, cuja discussão toca aspectos importantes sobre cidadania, inclusão e diversidade”.
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