Em nota, a Superliga comunicou que vai “reconsiderar passos mais apropriados para reformular projeto”. Também afirma que os clubes ingleses foram pressionados a sair. “Apesar da anunciada saída dos clubes ingleses, forçados a tomar tais decisões devido à pressão sobre eles, estamos convencidos de que nossa proposta está totalmente alinhada com as leis e regulamentos europeus, como foi demonstrado por uma decisão judicial para proteger a Superliga de ações de terceiros”, diz trecho da nota.
Os clubes ingleses estavam entre os 12 clubes fundadores que anunciaram a criação do novo torneio no domingo. Desde o anúncio, as equipes vinham sendo alvo de constantes críticas pelo sistema adotado pelo torneio e pela forma como foi criado, à margem da Uefa, maior detratora da competição. Outro temor era de que os atletas dos clubes da Superliga ficassem de fora da Copa do Mundo de 2022, no Catar.
O maior ataque de jornalistas, comentaristas e torcedores era em relação ao formato adotado, com a participação fixa de 15 times, os fundadores, sem qualquer possibilidade de rebaixamento ou acesso. O formato de “clube fechado” foi atacado até mesmo pelo próprio técnico do City, Pep Guardiola.
Na Espanha, apenas Real e Atlético de Madrid se mantinham firmes. O Barcelona já preparava o desembarque da Superliga, mas sem se indispor. Antes que o desmanche do torneio fosse completo, a Superliga optou por anunciar a sua suspensão.
“A Superliga Europeia está convencida que o atual status quo do futebol europeu precisa mudar. Estamos propondo uma nova competição europeia porque o sistema existente não funciona. Nossa proposta se baseia em permitir o esporte a evoluir enquanto gera recursos e estabilidade para toda a pirâmide do futebol, incluindo ajuda para superar as dificuldades financeiras vividas por toda a comunidade do futebol na pandemia. Também proporcionaria pagamentos de solidariedade materialmente aprimorados a todos os interessados no futebol”, registrou a organização do novo torneio, em comunicado.
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