A saída do ex-zagueiro, um dos destaques da seleção e do Ajax quando era jogador nos anos 1990, foi definida logo após uma reunião de dirigentes da Real Associação Holandesa de Futebol (KNVB, na sigla em holandês), em Amsterdã. As duas partes chegaram a um acordo. O treinador manifestou o desejo de deixar o cargo, vontade que se aliou à da federação, que estabeleceu como meta em contrato a chegada às quartas de final da competição continental.
“Me antecipando à avaliação da diretoria, decidi não continuar como técnico da seleção. O objetivo não foi alcançado, isso está claro. Quando fui abordado para me tornar assumir o cargo em 2020, achei uma honra e um desafio, mas também estava ciente da pressão que viria a partir do momento em que fosse contratado. Essa pressão só está aumentando agora e isso não é uma situação saudável para mim, nem para o elenco a caminho de jogos tão importantes para o futebol holandês, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo”, disse De Boer em declaração no comunicado oficial.
Substituto de Ronald Koeman, que deixou a seleção em agosto do ano passado para comandar o Barcelona, Frank De Boer fez 15 jogos à frente da seleção, nos quais conseguiu oito vitórias, quatro empates e três derrotas. “Quero agradecer a todos, e é claro, aos torcedores e jogadores. Meus cumprimentos também à administração, que criou um clima verdadeiramente esportivo de primeira linha”, finalizou.
O objetivo passa agora a procurar um novo treinador o mais rápido possível, pois a Holanda volta a campo em 1.º de setembro contra a Noruega, em Oslo, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar. O país está no Grupo G e ocupa, após três rodadas, a segunda colocação com seis pontos. Tem três a menos que a líder Turquia, para quem perdeu na estreia por 4 a 2, em Istambul. Na sequência, bateu a Letônia por 2 a 0, em Amsterdã, e goleou Gibraltar por 7 a 0 como visitante.
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