“Eu tive muito medo. Eu sempre tive muito medo desde o episódio do racismo, de tudo que acontecendo. Medo de falar, medo de me assumir, medo de tudo. Fico sempre muito acuado, muito ‘não, vou pôr o sorriso no rosto’, ‘vou ser esse Nory’, e sempre brigando comigo. Nesses últimos períodos, isso é muito forte”, disse o atleta.
Após ter feito apresentação razoável na barra fixa, aparelho no qual é o campeão mundial, Nory sofreu uma queda no solo e reclamou de dores no tornozelo direito. “”Em 2016 não passei por isso. Agora, o ódio vem muito grande, vem ameaça, vem tudo e bloqueia, suspende e fica fora para se blindar. É pegar minha família, meus amigos, minha equipe, a comunidade da ginástica e seguir. Foi um ano muito difícil desde o começo, em que tive burnout, depressão e tive que parar um tempo.”
Nory só iria competir em Tóquio na barra fixa e no solo individualmente. Como as suas apresentações não foram boas, o atleta não vai voltar a competir na Olimpíada, pois o Brasil não se classificou para a disputa por equipes.
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