Apesar do equívoco, Pepê não pôde ir à Tóquio com sua companheira de canoagem, Ana Sátila, o que deixou o atleta apreensivo. “Na hora já passou um filme na minha cabeça, de cinco anos de preparação, um sonho de criança. Uma quarentena nesse período seria muito severo para a preparação”, disse.
Após o teste positivo, o atleta fez outro exame no mesmo laboratório. Como o resultado deu negativo, foi decidido que os dois exames seriam refeitos. Felizmente para o brasileiro, ambos deram negativo. Porém o protocolo de saúde dos Jogos é extremamente rígido, levando exatamente uma semana para que o brasileiro fosse liberado para sair do país. “Foi um erro, um erro que não pode acontecer, mas o que me importa é que esse pesadelo acabou”, compartilhou Pepê nas redes sociais.
Um dos destaques do Brasil na canoagem, o canoísta de 28 anos é uma das grandes esperanças de medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio. No Rio 2016, ele ficou com a sexta colocação na categoria K1, na qual há apenas uma pessoa no caiaque. Três anos depois, conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. Em 2020, o atleta se tornou o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha em provas olímpicas na Copa do Mundo de Canoagem ao garantir o bronze no K1 em disputa realizada na Eslovênia.
Um fato interessante da equipe de canoagem brasileira convocada para Tóquio é que 100% dos atletas vêm de clubes formadores. Pepê, por exemplo, iniciou sua formação esportiva na Associação Pirajuense de Esportes Olímpicos, onde ainda treina. O time de velocidade é formado por Isaquias Queiroz e Jacky Godmann, do Flamengo, e Vagner Souta, do Clube de Regatas de Cascavel. Ana Sátila, do Instituto Meninos do Lago de Foz do Iguaçu, no Paraná, é a outra integrante do Slalom que busca o ouro na modalidade junto com Pepê.
A previsão é que o canoísta chegue ao Japão na próxima terça-feira, onde encontrará parte da delegação brasileira que representará o país na Olimpíada.
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