Antes mesmo do entrar em campo, a homenagem já estava presente: todos os jogadores usaram camisas com as palavras “do vigor” escritas após os seus nomes e o capitão do time, Patric, usou uma faixa com as cores da bandeira arco-íris. Ao pisar no gramado, os jogadores rubro-negros carregavam uma faixa com os dizeres “não a homofobia”. Os uniformes serão leiloados e a renda obtida irá para o Instituto Boa Vista, ONG que cuida de pautas LBGTQIA+.
O Sport abriu o placar da partida no fim do primeiro tempo, com Everaldo. O autor do gol e dois colegas de equipe fizeram a mesma dança de Gil, o “tchaki tchaki”, e o vídeo viralizou nas redes sociais. O próprio Gilberto reagiu e pediu uma vitória – que acabou não vindo, já que o Náutico empatou na etapa final.
Os ataques homofóbicos a Gil, que também é economista e pesquisador, foram feitos na última quinta-feira pelo conselheiro Flávio Koury, após o ex-BBB dançar o “tchaki tchaki” em uma visita a Ilha do Retiro, para a qual foi convidado pela diretoria do clube.
“Tem 1,2 milhão de pessoas achando que o Sport só tem viado, só tem bicha. Vai vender é camisa. A v******** todinha vai comprar. Vai ser lindo! Se ele tivesse feito essa dancinha na casa dele ou no bordel, ou onde ele quisesse, eu não estava nem aí. Mas foi dentro da Ilha do Retiro. Isso é uma desmoralização. Isso é ausência de vergonha na cara. É isso que a gente está vivendo. Esses tempos novos, é isso. Não tem mais respeito. Filho não respeita pai, pai não respeita filho, não respeita irmão. Não tem amigo. É a depravação”, afirmou Koury no áudio, vazado por outro conselheiro do clube.
Após o vazamento do áudio, Koury afirmou que não era contra homossexuais, e sim contra a “depravação”. Nas redes sociais, Gilberto afirmou que esse tipo de ataque ainda o machuca, mas que seguirá firme e tomará providências. O Sport também prometeu apurar o caso internamente.
NEYMAR – Outro que dançou o “tchaki tchaki” como forma de homenagear Gilberto e se manifestar contra a homofobia foi Neymar. Embarcando em campanha do Paris Saint-Germain, o atacante brasileiro usou camisa com os números com as cores do arco-íris, assim como os companheiros, e postou em suas redes sociais uma foto da peça com os dizeres “respeito é bom e todo mundo gosta” e “não a homofobia”.
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