De acordo com o prefeito Mário Pardini (PSDB), a estratégia ajudará a controlar ainda mais a transmissão do coronavírus e suas variantes, evitando também possível interferência nos resultados do estudo. “Em um momento de elevada transmissão em toda a região, precisamos buscar alternativas para frear as possibilidades de contaminação”, disse.
A prefeitura iniciou um levantamento dessa população flutuante junto ao comércio e indústria para definir as regras dessa nova etapa da vacinação. “Queremos vacinar todos aqueles que se deslocam de cidades vizinhas e passam a maior parte do dia em Botucatu”, explicou.
A iniciativa recebeu parecer favorável dos pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de Oxford, que conduzem os estudos, bem como do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Gates, parceiros do projeto.
Conforme o secretário municipal de Saúde, André Spadaro, a vacinação trará mais segurança para a população local e para familiares dos visitantes frequentes. “Esse grupo pode vir contaminado e transmitir a doença ou variantes em Botucatu, como pode se contaminar aqui e disseminar a covid-19 em seus municípios de origem”, disse.
Em razão do projeto, Botucatu é a cidade com maior índice de pessoas vacinadas com a primeira dose no Estado de São Paulo. Dos 148.130 habitantes, 116.085 já foram vacinados (78,4%). Desses, cerca de 77 mil fazem parte do estudo sobre a vacina. A primeira dose foi aplicada no dia 16 de maio, com apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A segunda dose será aplicada em agosto.
Conforme o epidemiologista Carlos Magno Fortaleza, da Unesp, coordenador do estudo, os primeiros reflexos na transmissão do vírus devem ser notados a partir desta terça, já que a vacinação completou quatro semanas.
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