O dirigente demitido foi alvo de dois boletins de ocorrência por importunação sexual e crime contra a honra. Um deles movido por Tatiana Roma, ex-diretora de mulher e operações do clube. Outro foi registrado nesta manhã pela mãe de uma adolescente de 15 anos e pelo mesmo motivo: importunação sexual.
Há mais de um ano ela já vinha sofrendo assédio do ex-dirigente. O boletim foi registrado na Delegacia de Polícia de Crimes contra Crianças e Adolescentes (DPCA) de Recife. As investigações vão correr por segredo de justiça, mas existe a expectativa de que novos casos possam aparecer.
Diante da repercussão altamente negativa, o clube também se antecipou na criação de uma comissão feminina. Ela conta com duas mulheres ligadas ao clube, duas que fazem parte do conselho deliberativo e mais quatro mulheres das torcidas organizadas. Este grupo vai ter a coordenação geral de uma empresa especializada: a Women Friendly. Ela vai prestar consultoria para prevenir e combater o assédio sexual.
“O Clube Náutico Capibaribe vem a público informar que criará imediatamente uma Comissão Feminina, com a primeira reunião marcada para acontecer na próxima semana”, disse o clube, em nota. “A coordenação será realizada pela Women Friendly, empresa contratada pelo clube para tratar o assunto e especializada em treinamentos, canais de apoio e consultoria para prevenir e combater o assédio ou qualquer outra importunação sofrida por mulheres em organizações e entidades.”
“O Clube Náutico Capibaribe assume o compromisso com a mudança e seguirá as orientações da Women Friendly, com o objetivo de criar um ambiente seguro para as colaboradoras e torcedoras.”
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