Com o número anterior de mortos, o Peru era o país que tinha a 13.ª maior taxa de mortalidade mundial, com 2.103 mortes por milhão de habitantes, segundo contagem elaborada pela France Presse com cifras oficiais. Com a atualização, os peruanos passam a ser o país com maior taxa de mortalidade do mundo, com 5.484 mortes por milhão de habitantes, bem à frente das 3.077 mortes do segundo colocado, a Hungria.
Com 33 milhões de habitantes, o Peru registra mais de 1,9 milhão de infecções e tem sido um dos países mais afetados da América Latina pela pandemia, que superlotou seus hospitais e causou uma escassez aguda de oxigênio medicinal nos meses anteriores. Especialistas há muito alertavam que o verdadeiro número de mortos estava sendo subestimado nas estatísticas oficiais.
Os dados atualizados levam em conta os chamados “números de mortes em excesso”, que os pesquisadores usaram no Peru e em outros países para corrigir um possível cálculo subestimado. O excesso de mortes mede o número total de óbitos em um período de tempo e o compara com o mesmo período pré-pandemia.
O grupo propôs modificar os critérios de registro de óbitos na pandemia após determinar que a metodologia atual tem duas limitações que provocam um sub-registro no número de óbitos por covid-19.
A partir de agora, o balanço registrará como casos de morte por covid-19 aqueles que atenderem a sete critérios técnicos estabelecidos, incluindo infecções confirmadas, mas também um caso provável que apresenta vínculo epidemiológico com caso confirmado. Também será considerado óbito por pandemia caso suspeito de covid-19 que apresente quadro clínico compatível com a doença.
“Graças ao trabalho desta equipe, teremos números mais exaustivos que serão muito úteis para monitorar a pandemia no Peru e tomar as medidas adequadas para a enfrentá-la”, disse Bermúdez.
O Peru, que enfrenta a segunda onda da pandemia, desde dezembro, começou a vacinação em 9 de fevereiro, mas a campanha avançou lentamente. Vários políticos e personalidades influentes foram flagrados furando a fila de imunização. Até agora, o programa de vacinação atingiu apenas 5% da população adulta. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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