O possível imunizante representava uma esperança no combate à doença, por ser mais uma opção de vacina com a inédita tecnologia de RNA mensageiro, que já demonstrou segurança e eficácia nas vacinas da Pfizer-BioNTech e da Moderna. A notícia decepcionou os pesquisadores, que acreditavam que conseguiriam aprovação das autoridades europeias ainda neste trimestre. A União Europeia já tinha reservado 405 milhões de doses.
As primeiras análises apontaram que a eficácia da candidata a vacina depende das faixas etárias e das variantes do novo coronavírus.
O resultado desanimador foi de uma análise provisória de 134 casos de covid-19 do estudo com 40 mil voluntários da Europa e na América Latina. A avaliação de outros 80 casos ainda está pendente.
Os dados mostraram que, de 124 casos sequenciados, apenas um era da cepa original do vírus. Segundo a empresa, 57% dos casos foram causados por variantes consideradas preocupantes pela OMS.
Também foi apontado que a vacina é eficaz em participantes mais jovens, mas não teve eficácia comprovada em idosos.
O CEO da Curevac, Franz-Werner Haas, disse que o estudo vai continuar e afirmou que a eficácia final ainda pode ter mudanças. Ele também destacou a dificuldade de alcançar alta eficácia diante de um cenário de surgimento, em grande variedade e quantidade, de novas variantes.
Em janeiro deste ano, a farmacêutica alemã Bayer anunciou, em comunicado, que tinha assinado um acordo de colaboração e serviços com a Curevac, a fim de auxiliar a empresa no suprimento e desenvolvimento de sua vacina contra a covid-19, além de “operações territoriais chave” relacionadas ao imunizante. (Com agências internacionais)
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