“Eu não estou completamente vacinado. Eu não tomei nenhuma dose. Minha razão por trás disso é que eu não queria inserir no meu corpo algo que eu não sei como cairia. Para um atleta de elite, tudo é muito calculado e entendi que, dentro do meu ciclo de treinamento de olho na seletiva olímpica, eu não queria arriscar ficar alguns dias fora da piscina. Podia ser que, se tomasse a vacina, eu precisasse ficar alguns dias afastado”, justificou-se Andrew, em entrevista à imprensa.
Atitudes como a de Andrew são criticadas e desestimuladas por especialistas em saúde pública e virologistas. Como a vacinação precisa atingir um determinado patamar de pessoas imunizadas para impedir que o vírus circule, receber as doses de um imunizante não é uma proteção individual apenas, mas também ajuda a atingir a imunidade coletiva.
Atleta de provas rápidas, Andrew irá nadar os 50m livre, 100m peito e 200m medley na Olimpíada. Ele é apontado como candidato a medalha nas três provas, mas favorito na prova de 200m medley, na qual é líder do ranking mundial. O nadador é considerado uma sensação no esporte após bater diversos recordes nas categorias de base e por conta de um programa de treinamento de tiros curtíssimos de explosão, coordenados pelo seu pai.
Andrew citou os outros protocolos de prevenção à covid-19 como razão para não receber a vacina. “Até agora a federação americana e todos os nadadores aqui têm cumprido um protocolo bem rígido com muitos testes, máscaras, distanciamento social, evitando aglomerações, e em Tóquio será a mesma coisa com testagem todos os dias. Então eu sinto que todos estamos seguros, minimizando riscos. Pessoalmente, eu não tomei a vacina ainda e eu não planejo tomá-la no futuro. Vamos ver como as coisas caminham”, disse. Médicos e órgãos de saúde do mundo todo recomendam que os métodos para evitar o espalhamento do vírus sejam combinados com a vacinação.
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