Ação de remoção da araucária segue recomendação do Gaema e normas ambientais
A urbanização impulsiona o crescimento das cidades, mas também traz desafios ambientais. Em Pato Branco, duas araucárias foram impactadas pelas transformações urbanas e, devido às condições de desvitalização, estão sendo removidas para evitar riscos à população.
Remoção de Araucária na Rua Tocantins
Atendendo à recomendação do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), do Ministério Público do Paraná, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente realizou, nesta terça-feira (4), a remoção da araucária localizada na rua Tocantins. A ação contou com o apoio do Departamento Municipal de Trânsito (Depatran), que interditou as vias para garantir a segurança durante o procedimento.
A segunda remoção ocorrerá em breve e envolverá uma araucária localizada no Terminal Urbano da cidade. Ambas as árvores estavam secas e representavam riscos para pedestres, veículos e edificações próximas.
Fatores que Comprometeram a Sobrevivência das Árvores
De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, Vicente Lúcio Michaliszyn, a impermeabilização do solo devido ao asfaltamento e o rebaixamento do lençol freático dificultaram a absorção de água pelas raízes das araucárias. “Com a falta de umidade adequada, as árvores secaram, tornando-se um perigo iminente”, destacou.
Além disso, a araucária da rua Tocantins sofreu vandalismo no passado, quando teve sua casca danificada por um corte criminoso. Esse dano impediu a passagem da seiva, comprometendo ainda mais sua sobrevivência. Medidas corretivas foram adotadas, incluindo um curativo e a instalação de uma cerca de proteção, mas a degradação foi irreversível.
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Autorização Ambiental para a Remoção
A remoção das araucárias segue todas as normativas ambientais vigentes. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente obteve licença do Instituto Água e Terra (IAT) e do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor), sob fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“A retirada de árvores sem autorização é considerada crime ambiental. Neste caso, contamos com a orientação e recomendação do Gaema e todas as devidas licenças legais”, reforçou Michaliszyn.
Memorial e Reflorestamento
A araucária da rua Tocantins possuía um significado histórico para Pato Branco, simbolizando a tradição dos pioneiros e sendo uma espécie ameaçada de extinção. Para preservar essa memória, a Secretaria do Meio Ambiente construirá um memorial no local.
Além disso, está prevista uma ação de educação ambiental, com o plantio de mudas de araucária em diversas áreas da cidade, integrando o Plano Municipal de Arborização Urbana.
“Realizaremos também a substituição de espécies exóticas que prejudicam calçadas e a infraestrutura urbana. As novas árvores serão escolhidas para melhorar o clima da cidade e contribuir para o combate às mudanças climáticas”, concluiu o secretário.
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