Uma ode à profissão

Por André Ricardo Sutil*

O dia 1º de setembro no calendário nos reserva algumas datas comemorativas ao longo da história, temos dentre tantas, no longínquo ano de 1910 a fundação por um grupo de operários do bairro Bom Retiro em São Paulo – SP do Sport Club Corinthians Paulista, em 1939 a Alemanha Nazista e a Eslováquia invadindo a Polônia e iniciando a fase europeia da Segunda Guerra Mundial, já em 1998 com a criação do decreto de lei nº 9.696 regularizou-se federalmente o profissional de Educação Física.

Os milhões de apaixonados torcedores corintianos mundo afora e os aficionados da historiografia da mais mortífera e sangrenta conflagração mundial de todos os tempos (da qual sou adepto) – que pereceu estimativamente entre 70 e 85 milhões de pessoas – que me perdoem, mas quero humildemente e singelamente abordar aqui do 25º aniversário de regulamentação da profissão de Educação Física e da criação dos respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física.

A lei sancionada ao final do primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso foi uma conquista de muito tempo, amainando e catapultando pontos nevrálgicos da referida profissão, mas que transcorridas duas décadas e meia de vigência ainda carece de aperfeiçoamento, clarividência e efetiva consecução.

A Educação Física é uma área da ciência, conhecimento e estudo que quando satisfatoriamente bem conduzida, fundamentada, mediada, orientada e vivenciada é de suma importância e relevância, imprescindível para a sociedade. Se enquadra dentro das linguagens, e abrange todo o escopo adjacente e subjacente da cultura corporal de movimento.

Desde que o mundo é mundo, tal qual como o conhecemos, o ser humano agarra, anda, brinca, corre, joga, manuseia, nada, pula, rasteja, salta… Enfim, características essas e outras tantas mais (utilizadas para entretenimento/lazer, sobrevivência, subsistência, perpetuação e evolução da espécie) são objetos de análise, investigação e reflexão da Educação Física.

Tanto no bacharelado quanto na licenciatura, a Educação Física precisa da conscientização, discernimento e entendimento da sociedade como um todo da sua indispensabilidade, pertinência e responsabilidade social. Que neste 1º de setembro possamos refletir sobre e objetivemos mais concórdia que discórdia, saibamos mais tangenciar que tergiversar, e esperançar que esperar, em busca de uma convivência fraternal, harmônica, igualitária, pacífica e solidária. Parabéns a todos os profissionais de Educação Física pelo seu dia e pela cativante, rotineira e singular acuidade, carinho e zelo para com o próximo no desenvolvimento do trabalho, vocês são especiais. Uma ode a esta atemporal profissão.

*André Ricardo Sutil

Professor da Disciplina de Educação Física do Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná, Profissional Bacharelado em Educação Física, e Especialista em Educação Especial Inclusiva.

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