O empresariado fez cartas pedindo protagonismo ao Brasil na COP. O governo caminha nessa direção?
O governo pode e deve fazer mais. O setor privado também tem responsabilidade de atuar de forma colaborativa com o governo. Temos dois aspectos fundamentais. O primeiro é a regulamentação do mercado de carbono. Não existe clareza, hoje, de como funcionaria esse mercado, como países e empresas seriam compensados por atingimento de metas. O segundo ponto é que existe interdependência da agenda de descarbonização com a reversão de desmatamento e preservação de florestas. Temos condição de ser protagonistas nessa agenda.
Como o País pode apresentar ações sobre o desmatamento ilegal?
Há várias propostas colocadas, como maior investimento no monitoramento desses desmatamentos ilegais. Existem subsídios que precisam ser retirados para atividades que geram desmatamentos. Ao mesmo tempo, é preciso reverter investimentos para atividades e setores que busquem regeneração. É algo absolutamente possível.
O que a empresa vai apresentar de novo na COP?
Temos parceria com a Waterbear, plataforma de streaming de vídeos relacionados ao meio ambiente com credibilidade imensa. Assinamos parcerias com eles em várias geografias do mundo, e a Waterbear vai passar a operar no Brasil. Durante a COP-26, vamos fazer o pré-lançamento do primeiro filme com eles, relacionado à Amazônia.
O tema ambiental estará mais presente na eleição de 2022?
O tema do meio ambiente não tem plano B, então, não há como não estar. Inclusive pelo tempo que temos para reverter tendências que não são positivas. Empresas também serão cobradas pelos seus consumidores. É um caminho sem volta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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