“Quando a gente recebeu a ligação com a notícia de que tínhamos entrado na Olimpíada, a gente ficou um pouco histérica, pulando. A gente não conseguia acreditar. Mas, a primeira coisa que falei para a Luisa foi ‘as últimas serão as primeiras'”, contou Laura. “Sempre acreditamos. A gente merecia, jogamos muito bem.”
A dupla conquistou a medalha em um jogo épico contra as russas Veronika Kudermetova e Elena Vesnina, atuais vice-campeãs de Wimbledon. As brasileiras salvaram quatro match points no tie-break.
“É um sentimento de paz e felicidade pura. Atingimos um sonho. Passei o dia arrepiada de tanta emoção, tanta motivação e inspiração de todo mundo nos incentivando. A medalha vai ficar guardada no meu quarto para eu olhar para ela todos os dias”, disse Luisa.
As duas chegaram ao pódio olímpico sem jogarem ou treinarem juntas. Luisa mora em Tampa, nos Estados Unidos, e Laura, em Barcelona, na Espanha. Elas se uniram às pressas para disputar os Jogos Olímpicos. Muito do entrosamento da dupla, inclusive, foi conquistado mais na conversa do que dentro da quadra.
Agora com a medalha olímpica, a dupla já faz planos. Luisa sonha em popularizar o tênis. “A visibilidade do tênis no Brasil é uma das nossas maiores conquistas. Chamo isso de motivação, que é tentar trazer mais meninas para o tênis. Quero ver o Brasil e o tênis crescerem.”
Já Laura espera alçar voos mais altos na sequência da carreira. “Eu posso jogar no topo do ranking mundial. Já joguei contra todas essas meninas no juvenil. Eu sabia que podia jogar de igual para igual com todo mundo.”
Luisa é a atual número 23 do mundo nas duplas. Ela é a melhor atleta ranqueada do Brasil desde que o sistema da WTA foi criado, em 1975. Laura é apenas a 188.ª colocada.
As brasileiras irão receber a medalha de bronze somente neste domingo após a final de duplas feminina marcada para as 3h da madrugada (horário de Brasília).
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