Uma reunião na sexta-feira (5), apontou a intenção de formação de uma equipe de handebol adaptado em Pato Branco
As 72 vezes que a delegação paraolímpica brasileira subiu ao pódio em Tóquio no Japão nos Jogos Paralímpicos realizados este no, estão servindo de mola propulsora para motivar deficientes físicos, de vários dos grãos a inserção na prática esportiva, mais conhecido para paradesporto.
O que antes poderia ser observado como uma barreira, agora é tida como mais uma forma de socialização e porque não competição.
Assim, na noite da sexta-feira (5), as associações Iguais nas Diferenças e dos Deficientes Físicos de Pato Branco, se reuniram para o que pode ser a retomada da prática de uma modalidade adaptada no município, que já conta com um time de futsal para surdos.
Para Angélica de Oliveira, presidente da Associação Iguais nas Diferenças, a possibilidade de prática esportiva para esta parcela da população é de certa forma uma grande iniciativa, uma vez que “hoje o Município não oferta nenhuma modalidade de esporte adaptado.”
De acordo com Angélica durante a Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada nos dias 7 e 8 de outubro, iniciou-se a formatação de uma parceria, que deve resultar na prática do handebol adaptado.
“Neste momento, estamos nos reunindo com o pessoal, com os cadeirantes para montar os times”, segundo a presidente da associação, “os cadeirantes não acreditam ainda que vai acontecer. Uma vez já acontecia este projeto, na época do prefeito [Roberto] Viganó, conforme eles relataram, mas de uma hora para outra parou. Acho que por falta de incentivo do Poder Público.”
Ainda de acordo com Angélica a mobilização é tanta entre os cadeirantes, que após a primeira reunião, quatro pessoas já estão participando da mobilização, que nos próximos dias, deve buscar junto a clínica de fisioterapia da Unidep, conquistar mais adeptos da prática paradesportiva.
Angélica lembra que este ainda é só o começo das conversas para formatar o projeto, para que no ano que vem a gente consiga colocar em prática. Estamos conversando com Sandro Colaço de Lima, — esgrimista paraolímpico, que participou da conferência municipal palestrando —, e que de Curitiba vem dando suporte com ações que vão até como podem ser adquiridas as cadeiras de roda para a prática esportiva.
Muito mais do que a escolhe de uma modalidade a ser praticas, Angélica vê a possibilidade de outras modalidades, além do handebol, serem inseridas no projeto, como pingue-pongue, bocha, entre outras.
Ações públicas
Como o Diário do Sudoeste divulgou este ano, a Secretaria de Esporte e Lazer também bem voltando seu olhar para o paradesporto. Além do coordenador de Esportes de Rendimento e Categorias de Base, Rony Slaviero, o professor e ex-atleta Pulga estão com os olhares voltados às práticas esportivas praticadas por pessoas com deficiências.
De acordo com Rony, Pulga está em contato com um município de São Paulo e com Campo Mourão, para conhecer melhor sobre a realidade apresentada nestas localidades, o que pode resultar em visitas técnicas para conhecer os trabalhos, mas também se inteirando mais sobre a realidade de jogos e demandas.
Por sua vez, o coordenador de esportes de rendimento vem juntamente com o vereador Rafael Celestrin, entender as necessidades e anseios da comunidade que tem algum tipo de deficiência, no que se refere a prática esportiva.
“Até porque não adianta montarmos o projeto e não conhecermos o público”, diz Rony afirmando ter ouvido de Celestrin e até mesmo em curso de formação, que existe a necessidade de compreender quem são as pessoas e qual a prática desportiva elas pretendem integrar.
Também de acordo com Rony, assim como já foi dado um encaminhamento, mesmo que não oficializado, para o handebol adaptado, como já existe a prática de taekwondo e Pulga segue trabalhando com atletismo e buscando paratletas, não é o momento de cravar que as modalidades estão definidas, uma vez que as portas seguem abertas para todas, havendo ainda uma possibilidade a exemplo para o basquete adaptado.
Rony faz questão de salientar uma fala que ele atribuiu a Celestrin, “não adianta nós [iniciativa pública] querermos criar algo, sem saber qual o público que quer participar”.
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