Quatro foguetes foram disparados durante a manhã contra Israel, a partir do sul do Líbano. O Hamas não reivindicou a autoria do ataque, mas desde o início da escalada de violência entre israelenses e palestinos, foguetes foram disparados da mesma região em outros dois momentos. Em represália, Israel respondeu com disparos de artilharia contra o território libanês.
“Quatro foguetes foram disparados do Líbano para o território israelense. O escudo antimísseis Domo de Ferro interceptou um deles, e os outros três caíram, provavelmente, em terrenos descampados. Em represália, nossa artilharia apontou contra alvos em território libanês”, declarou o Exército em um breve comunicado.
Ao contrário do que ocorria na semana passada, e mantendo a tendência dos últimos dias, os lançamentos desde a Faixa de Gaza durante a madrugada de terça para quarta foram esporádicos, com várias horas de intervalo entre um e outro, e não causaram grandes danos. Os alarmes antiaéreos soaram cinco vezes em Israel, sempre em comunidades próximas a fronteira, longe das principais cidades.
De acordo com o exército israelense, os últimos lançamentos elevaram o número total de projéteis disparados por milícias desde o início da atual escalada de violência para 3.750. Deste número, estima-se que cerca de 550 tenham caído na própria Faixa de Gaza, enquanto a taxa de interceptação do sistema de defesa israelense permanece em torno de 90%.
Já os bombardeios israelenses tiveram como alvo, mais uma vez, uma rede de túneis subterrâneos de Gaza conhecida como “Metrô”. De acordo com Israel, a estrutura pertence ao Hamas e é utilizada para transportar combatentes e armas de uma área para outra. Um porta-voz militar disse nesta quarta que o ataque da noite passada utilizou 52 aviões de combate, durou 25 minutos e atingiu cerca de 40 desses alvos.
Além disso, na manhã, aviões israelenses também atacaram o que eles descreveram como um local de fabricação de armas pertencente à Jihad Islâmica e, posteriormente, a residência de um alto funcionário do Hamas, entre outros alvos.
Elevado pelos últimos bombardeios, o número de palestinos mortos inclui 63 crianças, 36 mulheres e 16 idosos, de acordo com a contagem do Ministério da Saúde de Gaza, enquanto os feridos chegam a 1.530.
Em entrevista ao Estadão, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) para a América Latina, major Roni Kaplan, disse que cerca de 130 dos mortos em Gaza eram terroristas. Segundo ele, a possibilidade de as forças israelenses entrarem por terra na Faixa de Gaza existe e depende de como vai se desenrolar o conflito.
A mídia local, contudo, sustenta rumores de que um possível cessar-fogo pode entrar em vigor a partir de amanhã, embora nem o Hamas nem as autoridades israelenses tenham feito comentários sobre o assunto. (Com agências internacionais)
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