Em A Treinadora Errada, Fox é a treinadora de um time de “cheerleaders” que estimula a adolescente Hanna (Madi Burton), recém-chegada à Califórnia, a se juntar ao grupo. A intriga começa quando a treinadora-assistente Devan (Johanna Liauw) se oferece para dar aulas particulares a Hanna, por estar de olho em Jon (Corin Nemec), pai da nova aluna. Em O Príncipe Encantado Errado, Fox interpreta Sandra, que ajuda Jessica (Anna Marie Dobbins) a investigar o novo namorado de sua mãe.
“Para mim, a série é ilimitada”, disse a atriz e produtora. “Porque tantas coisas podem dar errado. Temos o amigo errado, a professora errada. Até o repórter errado poderia funcionar”, disse, em tom de brincadeira. Sua vontade é de explorar personagens de todas as origens, cores e tamanhos. “Queremos ser um reflexo do mundo e fazemos questão de ter diversidade nos nossos filmes.” A franquia é composta de longas de rápida produção – entre três e seis meses – que podem ser consumidos quase como uma série.
A atriz de 56 anos, que trabalhou em Independence Day (1996), Batman & Robin (1997), Kill Bill: Vol 1 (2003) e Kill Bill: Volume 2 (2004), entre muitos outros, tem ficado animada com o maior número de oportunidades para mulheres em Hollywood, não importando a cor da sua pele ou mesmo a idade. “É uma época maravilhosa para ser atriz, especialmente uma atriz não-branca”, afirmou. “É um tempo incrível do poder feminino. Estamos contando nossas histórias, dirigindo, contratando, financiando. Estou nesse ramo há mais de três décadas e hoje, quando vou a uma reunião, vejo mulheres ocupando as posições de poder, coisa que antes não acontecia. E já não era sem tempo.”
Os movimentos Me Too e Time’s Up alteraram completamente o cenário. “As mulheres têm mais apoio para denunciar os casos de assédio sexual ou de falta de pagamento justo. E podem contar suas histórias sem os estereótipos, por exemplo, de mulheres brigando em vez de formando uma sororidade.” É muito mais comum ver filmes e séries em que as mulheres são várias e aparecem se divertindo, sendo amigas. “Vemos muito empoderamento feminino, produções em que as mulheres ficam juntas, se apoiam. E elas dão dinheiro.”
Vivica acredita, inclusive, que sua vida daria um filme. “Passei por poucas e boas”, disse, divertida. “Saí de casa aos 17, à procura de um sonho que alcancei, superando todas as minhas expectativas. Viajei o mundo. Tive minha parcela de escândalo e de drama, mas também muitas vitórias e aventuras.” No momento, ela acredita que está vivendo sua melhor fase. “Não imaginava que meus 50 anos seriam tão maravilhosos”, disse, enxugando as lágrimas. “São de alegria. Estou só recebendo flores. E vendo um monte de pessoas não-brancas brilhando.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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