Ontem, noite da última sexta-feira no período do Ramadã, forças de segurança israelenses dispararam balas de borracha com o intuito de dispersar muçulmanos presentes na mesquita da Al Aqsa, terceiro lugar mais sagrado do islã, atrás apenas de Meca e Medina. Por outro lado, os oficiais apontam que foram agredidos com arremessos de objetos como pedras, na região conhecida pelos judeus por Monte do Templo. Segundo o Times of Israel, mais de 200 palestinos ficaram feridos, enquanto 17 membros das forças de segurança israelenses sofreram danos durante os conflitos.
A emissora israelense Canal 12 divulgou que fontes da administração avaliam que há possibilidade de escaladas no conflitos no próximos dias, incluindo a possibilidade de ações terroristas. As tensões se envolvem ainda com a remoção de moradores palestinos de suas casas em Jerusalém Oriental, o que vem gerando protestos nas últimas semanas.
Em comunicado, o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que o país “está extremamente preocupado com os confrontos em curso em Jerusalém, que supostamente resultaram em muitos feridos”. “Apelamos às autoridades israelenses e palestinas para que ajam de forma decisiva para diminuir as tensões e interromper a violência”, aponta o documento.
Assinado por um porta-voz para Relações Exteriores da União Europeia, um comunicado publicado hoje afirma que as tensões em Jerusalém Oriental cresceram “perigosamente”, e indica que os “líderes políticos, religiosos e comunitários de todos os lados devem mostrar moderação e responsabilidade e fazer todos os esforços para acalmar esta situação volátil”. O documento lembra “muitos feridos” na situação.
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