Luiz Felipe Panozzo
Locar imóveis em Pato Branco é a tarefa de muitos novos habitantes. Uma espécie deles que se multiplica, ano a ano, são os universitários. Para eles, a kitnet (apartamento menor) é uma opção econômica para aqueles que estão com o orçamento curto. Porém, às vezes, um imóvel maior dividido com colegas de universidade, é a melhor solução frente todos os gastos para manter-se. Outro público consumidor dos imóveis alugados, e por consequência, das imobiliárias, são as famílias que migram para Pato Branco a procura de emprego, e instalam suas vidas nos bairros da cidade. Seja para um ou para outro, o bolso deve estar preparado para 2023.
Com o Índice Geral dos Preços – Mercado (IGPM) – que é o parâmetro utilizado para o reajuste dos contratos – fechando o ano de 2022 em alta de 5,45%, os valores dos contratos de aluguéis são ajustados já em janeiro. Segundo o delegado regional do Creci-PR/6ª Região, Gilmar Luiz Arcari, os valores são reajustados levando em consideração o IGPM. “Em janeiro estamos aplicando 5.45% sobre o valor dos aluguéis”, afirma. A alta do índice ocorre após quatro meses seguidos de deflação e é considerada equilibrada quando comparada ao resultado do período pandêmico, quando a inflação do aluguel acumulou 17% em 2021, e 23% em 2020.
“No período da pandemia houve um certo desaceleramento nos valores, mas agora está tudo normalizado”, explica Arcari. Mesmo com a variação alta no índice, o preço do aluguel foi segurado pela crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19, que resultou em queda na renda mensal da população e o elevado estoque de imóveis vazios e disponíveis. Unidos os fatores fizeram com que houvesse negociações entre locatários e locadores. Atualmente, a demanda já se normalizou, segundo o delegado do Creci-PR, e é em sua maioria composta por estudantes.
Para Arcari, o momento é positivo para mercado pato-branquense de imóveis. Isso se deve a existência do cenário de desenvolvimento tecnológico e educacional que o município permite. “Pato Branco é uma cidade diferenciada em termos de investimentos imobiliário, por se tratar de uma cidade universitária”.
Segundo ele, há também uma possibilidade a ser observada pelos investidores, nesse período pós-pandemia, onde os valores estão se reequilibrando. “Nossa cidade também é centralizada comercialmente, e isso só tem de valorizar os investimentos. A região hoje investe muito em Pato Branco o que nos dá uma segurança no ramo imobiliário”, conclui Arcari.
Comentários estão fechados.