Intitulada “Além das aparências”, a ação teve como objetivo mostrar para o público e demais ciclistas que as aparências não definem o próximo. Avancini se vestiu de Agnaldo da Silva, um senhor de 65 anos, fora de forma, disposto a participar de sua primeira competição, usando sua bicicleta clássica antiga.
“Eu ficava muito curioso em saber como as pessoas reagiriam a ver um ciclista com uma aparência talvez que não demonstrasse uma performance muito desenvolvida, e que essa mesma pessoa, com essa mesma aparência, pudesse surpreender, principalmente pelo todo”, disse Avancini antes da prova.
Na corrida, Avancini perdeu, propositalmente, várias posições na largada, mas conseguiu se recuperar e deixou os ciclistas boquiabertos. Após o evento, o ciclista elogiou a iniciativa e contou um pouco de sua experiência interpretando Agnaldo.
“Curti um pouco mais o pelotão, fui passando a galera, tinha uns que eu brincava um pouco mais. Muito legal a expressão de surpresa do pessoal, o público em alguns pontos da pista vibrava, então foi muito legal, uma experiência bem bacana. Não sei quanto tempo eu não fazia uma prova no Brasil sem ser o Avancini, o Avança, então foi muito legal ser só mais cara no pelotão no meio da galera sem ninguém saber quem eu sou e poder curtir o percurso, a prova, sem ter nenhuma expectativa, foi legal, me diverti”, contou.
Henrique Avancini foi 13.º colocado na prova de mountain bike nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O brasileiro chegou a liderar a corrida, mas não conseguiu se manter na ponta. Entretanto, conquistou o melhor resultado do País na modalidade. Aos 32 anos, Avancini já foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019.
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