“Eu vou aqui mandar uma mensagem: presidente, pare de olhar no espelho e falar com ele. Quando a gente fala para o espelho, dá nisso”, disse Omar Aziz durante sessão da CPI da Covid. “Ele não explicou ainda para quem ele mandou investigar o caso da Covaxin, mas, de uma forma repetitiva, ataca membros dessa CPI, chamando de bandidos e outros adjetivos.”
A compra da Covaxin é investigada após o governo ter fechado um contrato com preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria empresa fabricante, conforme o Estadão revelou. O Executivo decidiu suspender a aquisição. A CPI inaugurou uma nova linha de investigação com o depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e do servidor do ministério Luis Ricardo Miranda, irmão do parlamentar, na semana passada.
Os irmãos Miranda dizem ter avisado Bolsonaro sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo as doses do imunizante indiana, em reunião no dia 20 de março. De acordo com o deputado Luis Miranda, o presidente atribuiu o “rolo” a Ricardo Barros, que nega o envolvimento. “Ele não deu nenhum adjetivo ao deputado Miranda, que o acusou de prevaricação”, disse Omar Aziz, em tom de provocação.
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