“O gran finale dele foi querer fazer uma narrativa que a CPI está atrapalhando a compra de vacinas. A própria empresa chinesa já desmentiu, em dois minutos depois que ele falou já foi desmentido”, afirmou o presidente da comissão. Há pouco, ao jornal Valor Econômico, o vice-presidente de Negócios Internacionais da farmacêutica chinesa CanSino, Pierre Morgon, negou as declarações de Barros de que os trabalhos da CPI estariam afastando empresas como a dele de fazer negócios com o País. Segundo Morgon, a empresa continua interessada nas negociações com o Brasil, e ela decidiu trocar a empresa representante do laboratório no país por questões de compliance.
Em críticas ao líder do governo, Aziz afirmou que Barros já está no radar de todo mundo que vende vacina por intermediação. “Fora os outros crimes que ele cometeu em relação à imunização de rebanho, em relação ao negacionismo”, afirmou o presidente do colegiado. Sobre a nova reunião, onde Barros comparecerá como convocado, Aziz declarou: “Convite é uma deferência que a gente faz a quem a gente respeita. Convocação a gente faz para quem a gente perde o respeito, para quem desrespeita a comissão.”
O vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que consultará o Supremo Tribunal Federal (STF) para saber quais medidas podem ser tomadas contra o líder do governo após as acusações feitas por ele.
Dentre as diferenças entre as classificações, no convite, o depoente é desobrigado a comparecer na comissão. Já para os convocados a presença é obrigatória. Há uma controvérsia no Congresso sobre a possibilidade de uma CPI no Senado convocar deputados federais, o que poderia ser questionado pela Câmara. Antes de Barros, a polêmica já levou a comissão a transformar a convocação do deputado Osmar Terra (MDB-MS) em convite.
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