Aziz também pediu ao presidente que declarasse apoio a Ricardo Barros (PP-PR), acusado de estar envolvido no esquema, e afirmasse que ele é um homem honesto.
Durante conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro renovou hoje as críticas à CPI, e acusou Aziz, sem provas, de ter desviado R$ 260 milhões do Amazonas. Aziz afirmou não saber de onde Bolsonaro havia tirado o número, e desafiou o presidente a procurar um processo em que ele fosse réu ou denunciado. Disse que Bolsonaro já deve ter mandado “agentes de informação” levantar informações contra ele.
“Como ele se informa através de compadre, de compadrio, de coisas pequenas, a gente releva”. O senador também criticou o uso que Bolsonaro faz da conversa com seus apoiadores, no Palácio da Alvorada, para poder atacar adversários políticos
“Nunca lhe chamei de genocida, nunca lhe acusei de ser ladrão, eu nunca disse que o senhor fazia rachadinha no seu gabinete. Eu nunca acusei o presidente da República de rachadinha, e o senhor vai pro cercadinho, onde devem ficar pessoas que não tem conteúdo para debater a crise nacional, superficialmente, jogando ao léu palavras que assacam contra todo mundo”, declarou o presidente da CPI. “Eu lhe acuso de ser contra a ciência, lhe acuso de tentar desqualificar as vacinas que estão salvando vidas”, continuou Aziz.
Forças Armadas
Durante sua fala, Aziz também argumentou contra as críticas que vem recebendo devido à declaração de ontem, quando, durante sessão da CPI, afirmou que “há muitos anos a gente não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua do governo”. Em nota assinada pelo ministro da Defesa, Walter Braga Neto, e pelos comandantes das Forças Armadas, os líderes criticam Aziz classificando sua declaração como “grave, infundada e irresponsável”.
Aziz salientou que não misturou as Forças Armadas com os acusados de corrupção dentro do governo. “Quando o general Pazuello esteve aqui, podem procurar no depoimento todo, eu o chamo de ex-ministro da Saúde”, declarou.
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