O Ibovespa, índice da B3, encerrou o pregão desta sexta-feira (15) praticamente estável, em queda de 0,01%, aos 136.340,77 pontos, refletindo a pressão das commodities, resultados corporativos do 2º trimestre e o vencimento de opções sobre ações. Apesar do recuo, o índice acumulou alta de 0,31% na semana. O giro financeiro somou R$ 24,4 bilhões.
No cenário externo, investidores acompanharam a expectativa pela reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, para discutir a guerra na Ucrânia. Em Nova York, os índices fecharam mistos: Dow Jones (+0,08%), S&P 500 (-0,29%) e Nasdaq 100 (-0,40%).
Desempenho das ações na B3
As ações da Petrobras (PETR4) recuaram 0,03% e da Vale (VALE3), 0,18%. Itaú (ITUB4) caiu 0,34%. Entre as altas, destaque para Marfrig (MRFG3), que avançou 8,75% após divulgar lucro líquido de R$ 85,2 milhões (+13% a/a), e BRF (BRFS3), que subiu 5,61% mesmo reportando queda de 32,8% no lucro líquido, para R$ 735 milhões, resultado alinhado às projeções, afetando o desempenho da B3.
Após cair na abertura, o Banco do Brasil (BBAS3) encerrou em alta de 4,03%, apesar de balanço fraco: lucro líquido caiu 66,1% no 2T25, para R$ 3,04 bilhões, e o ROE recuou para 8,4% (de 21,6%). O banco revisou o guidance anual de R$ 41 bilhões para R$ 25 bilhões.
Câmbio e juros
O dólar comercial fechou em baixa de 0,33%, a R$ 5,3988, acumulando queda semanal de 0,68%. O movimento foi influenciado pela expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
No mercado de juros futuros, as taxas recuaram com a possibilidade de avanços nas negociações de paz na Ucrânia. O DI jan/26 fechou a 14,895%, o DI jan/27 a 13,920%, o DI jan/28 a 13,200% e o DI jan/29 a 13,110%.
Perspectivas
Analistas ouvidos pelo mercado apontam que a B3 segue sem catalisadores positivos no curto prazo, com volatilidade influenciada pelo fluxo estrangeiro vendedor, queda das commodities e incertezas externas. A reunião entre Trump e Putin é vista como possível gatilho para mudanças nos preços das matérias-primas e no humor dos investidores.
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