Bach visitou um parque na cidade de Hiroshima, atingida por uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Na solenidade, ele reforçou a “missão de paz do Movimento Olímpico” e pediu solidariedade em um momento em que a humanidade ainda luta para controlar a covid-19. “Sem solidariedade, não há paz. Os Jogos Olímpicos serão uma luz de esperança para um futuro melhor e mais pacífico”, afirmou.
Mas a ida do dirigente máximo do COI à cidade gerou protestos de grupos que querem o cancelamento da Olimpíada. Um grupo de cidadãos havia pedido ao governo de Hiroshima que cancelasse a visita de Bach no dia que marca o início da Trégua Olímpica. O grupo formalizou o pedido com um abaixo-assinado com mais de 15 mil assinaturas que foi entregue a um oficial da prefeitura.
O grupo argumentou que o presidente do COI estaria se aproveitando politicamente da cidade a fim de promover a paz mundial, enquanto parte da opinião pública se mostra receosa a realização dos Jogos Olímpicos. Em sua petição, o grupo denominou a visita como “desonra aos hibakusha”, se referindo aos sobreviventes da bomba atômica.
Sobre os Jogos, Bach revelou que o risco de um surto de covid-19 a partir dos credenciados é “zero”. O dirigente está no Japão desde a semana passada para reuniões e acertos finais antes do megaevento, cuja cerimônia de abertura será realizada no próximo dia 23 no estádio Nacional de Tóquio. “O risco para os moradores da Vila Olímpica e o risco para o povo japonês é zero”, disse.
O presidente do COI contou que já foram realizados mais de oito mil testes de detecção de covid-19. Apenas três casos positivos foram anunciados e todos eles foram colocados em isolamento. Pessoas próximas a essas pessoas, também.
A declaração de Bach vem no momento em que os casos positivos sofre um significativo aumento em Tóquio. Na quinta-feira, a capital japonesa registrou 1.308 testes positivos, quantidade mais alta desde o final de janeiro – ela está pela quarta vez em estado de emergência.
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