Às 12 horas desta terça, a Defesa Civil municipal decretou estado de atenção, quando a umidade do ar fica entre 21% e 30%. Abaixo desse patamar, já é considerado nível de alerta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice ideal é entre 50% e 60%.
Segundo o CGE, o local com o índice mais baixo de umidade é Perus, na zona norte da cidade, com 26%, por volta do meio-dia. Já os mais elevados são Parelheiros, na zona sul, e Itaim Paulista, na leste, com 41%. O CGE prevê queda nesses valores, que podem marcar até 20% de média na cidade. Não há previsão de chuvas.
O tempo seco e a ocorrências de incêndios – como o do Parque do Juquery, na Grande São Paulo que consumiu 65% da área da unidade protegida na Grande São Paulo entre domingo e segunda-feira – pioram a qualidade do ar. Idosos e crianças têm sensibilidade maior a essas mudanças. A baixa umidade também dificulta a dispersão de poluentes no ar, formando uma camada escura no céu e agravando os efeitos da poluição.
Nos próximos dias, a tendência é que o tempo continue da mesma forma, com potencial para novos recordes de calor no inverno. O calor aumenta na quarta-feira, 25, quando os termômetros podem alcançar máxima de 32 °C no meio da tarde. Até quinta-feira, 26, os índices de umidade devem continuar próximos ou abaixo dos 20%.
O tempo extremamente seco favorece o agravamento de alergias em crianças, por exemplo. Há, inclusive, risco de confusão de casos alérgicos com a covid-19, o que desafia os médicos no diagnóstico, segundo Marco Aurélio Sáfadi, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Autoridades e especialistas recomendam algumas adaptações na rotina para sofrer menos com os efeitos do tempo seco. Veja algumas delas:
– A Prefeitura desaconselha exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 17h.
– É recomendável umidificar os ambientes utilizando bacias com água, toalhas molhadas ou vaporizadores.
– A ingestão de líquido é fundamental, sobretudo para crianças e idosos.
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