“Muitos bancos estão aparecendo na linha de partida, mas poucos começaram a correr”, comentou Jeanne Martin, da ShareAction, acrescentando que para que os bancos atinjam as metas de 2050, mudanças significativas devem acontecer agora na forma como operam.
Segundo a ShareAction, nenhum banco europeu se comprometeu a encerrar completamente os empréstimos para a expansão de novos combustíveis fósseis.
Apenas três (Lloyds, NatWest e Nordea) dos 25 bancos europeus pesquisados pela ShareAction se comprometeram a reduzir pela metade suas emissões financiadas até 2030, um passo provisório em direção à meta de 2050.
Se os bancos não cumprirem suas metas climáticas, será mais difícil para os investidores possuir ações dos bancos e cumprir seus próprios compromissos de reduzir as emissões de carbono.
Os gestores de fundos com um total de US$ 43 trilhões em ativos se inscreveram na Net Zero Asset Managers Initiative, que apoia a meta da ONU de emissões zero líquidas até 2050. “Se os bancos não conseguirem seguir os planos de transição dos clientes, eles podem ter que dizer adeus a esses clientes”, disse Roland Bosch, executivo da gestora Federated Hermes, que assessora empresas sobre como melhorar as políticas ambientais.
A Europa é o epicentro de um movimento crescente entre investidores e reguladores para forçar bancos e empresas a reduzir a exposição ao carbono.
Bancos americanos, como Citigroup, Bank of America e Morgan Stanley também assumiram compromissos.
Eles se juntaram à Net-Zero Banking Alliance, criada este ano em cooperação com Mark Carney, ex-presidente do Banco da Inglaterra (BoE) e enviado especial da ONU para ações climáticas e finanças, que inclui 55 instituições financeiras em 28 países.
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