Segundo a FGV, todas as regiões evoluíram favoravelmente no mês, “de forma expressiva”. “O avanço significativo dos barômetros antecedente e coincidente em maio ocorreu ao longo de todas as regiões e setores. A combinação dos programas de estímulos econômicos e imunização das populações, a despeito ainda de alguma heterogeneidade entre as regiões, já impacta positivamente mesmo setores mais prejudicados pela pandemia, em especial o setor de serviços”, diz a nota da FGV.
No Barômetro Coincidente Global, que procura acompanhar o ritmo da atividade econômica, a Europa foi a região que mais contribuiu para o avanço de maio, com 6,5 pontos, seguida pelo Hemisfério Ocidental, com 6,1 pontos, e pela região da Ásia, Pacífico & África, 5,3 pontos. “A percepção sobre a situação atual melhora sensivelmente em todas as regiões pelo segundo mês consecutivo, influenciada pela aceleração do nível de atividade. Na maioria dos países, a situação é hoje bem melhor que a observada 12 meses atrás, no auge da crise motivada pela pandemia”, destaca a nota da FGV.
Do ponto de vista setorial, todos os cinco setores da pesquisa contribuíram de forma positiva para o resultado do Barômetro Coincidente Global. O destaque foi o avanço de 31,1 pontos do indicador coincidente do Setor de Serviços, “o que mais sofreu com as medidas de restrição à circulação em diversos países”, segundo a FGV. “Todos os indicadores estão acima do nível de 117 pontos, com os setores de Serviços e Indústria e o indicador que mede a evolução das economias em nível agregado (Economia) alcançando o maior nível da série iniciada em 1991”, diz a nota da entidade.
Já no caso do Barômetro Antecedente Global, que mede as perspectivas de crescimento econômico nos próximos de três a seis meses, os indicadores antecedentes das três regiões contribuem de forma positiva para a alta de 14,0 pontos no indicador agregado em maio. O Hemisfério Ocidental puxou o movimento, ao crescer 7,9 pontos, seguida da região da Ásia, Pacífico & África, com 3,8 pontos e da Europa, com 2,3 pontos de alta.
Também houve avanço generalizado na análise setorial do indicador, movimento influenciado “pela continuidade das campanhas de vacinação no mundo e pelas melhores perspectivas de retorno da economia a uma situação de normalidade”, de acordo com a FGV.
“Com os resultados, todos passam a registrar níveis superiores a 130 pontos, resultado que reflete grande otimismo em relação ao futuro próximo. Com a possibilidade de redução das restrições à circulação e mobilidade, o setor de Serviços tornou-se o mais otimista e exibe um indicador de 150 pontos, o maior da série iniciada em 1991”, diz a nota da entidade.
Para a FGV, o desempenho dos barômetros coincidente e antecedente em maio “aponta para uma retomada generalizada do nível de atividade ao longo do segundo semestre do ano”.
Calculados em parceria com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique, e divulgados no Brasil pela Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, os dois indicadores são formados a partir dos resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países.
O objetivo é alcançar a cobertura global mais ampla possível. O Barômetro Coincidente inclui cerca de mil séries temporais diferentes, enquanto o Barômetro Antecedente compreende em torno de 600 séries temporais.
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