Barroso explicou que as tensões entre os Poderes Executivo e Judiciário são normais nas democracias, mas o que acontece no País é algo “peculiar”. No entanto, para o ministro, a sociedade brasileira está madura o suficiente para não aceitar “qualquer tipo de desvio inconstitucional”. O ministro também fez uma fala a favor da liberdade de expressão, alertando para a interferência estatal no tema.
Em evento promovido pela XP Investimentos, Barroso, que se tornou um dos principais alvos do presidente Bolsonaro durante a demanda do chefe do Executivo pelo voto impresso, também declarou não se importar com os eventuais ataques do presidente a sua pessoa. De acordo com o ministro, ele não discute “miudezas”, sendo apenas um “ator constitucional”.
Coligações
Sobre as eleições, o ministro também voltou a falar contra a volta das coligações, proposta na reforma eleitoral. Segundo o ele, a posição do TSE é contrária ao tema. De acordo com Barroso, o ideal seria a redução de um número de partidos existentes no País, e não a manutenção do número de partidos vigentes.
“Nós hoje temos mais de trinta partidos, mais de vinte funcionando no Congresso. Isso dificulta a governabilidade” afirmou, na sua visão, as coligações dão “sobrevida a partidos minúsculos, sem maior autenticidade programática e que vivem de receber dinheiro do fundo eleitoral”. Apesar de não poder adiantar o voto sobre o tema, Barroso alegou que via com reserva a volta das coligações, algo “problemático do ponto de vista Constitucional”.
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