Esse tipo de teste já é feito em cada eleição, com participação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público (MP) e dos partidos políticos, mas, pela primeira vez, o processo foi transmitido ao vivo, pelo canal do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) no YouTube. Há um esforço maior, por parte da Justiça Eleitoral, de demonstrar a idoneidade do sistema de votação, por causa das alegações do presidente da República e possível candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, que, sem provas, vem lançando suspeitas de fraudes.
O presidente do TSE aproveitou para detalhar aspectos do sistema de votação que garantiriam a segurança do processo, como o fato de que as urnas eletrônicas não são conectadas à internet ou a qualquer rede. Os dados da votação de cada unidade são gravados num “pen drive”, que então é levado a um computador do TRE de cada Estado para, daí, ser transmitido aos computadores do TSE que consolidam os votos, em Brasília. Depois de encerrada a votação, cada urna imprime um boletim com o resultado dos votos computados na unidade, antes de ser retirado o “pen drive” para a ser levado à transmissão.
Assim, segundo Barroso, não é possível um ataque “hacker” via internet interferir nos dados computados diretamente em cada urna. Isso teria que ser feito no processo de transmissão, que é criptografada. Mesmo assim, qualquer alteração produziria resultados em desacordo com aqueles computados em cada boletim impresso pelas urnas. Bastaria consolidar a soma de todos os boletins impressos, e confrontá-los com o resultado obtido nos dados transmitidos pela rede do TSE, para auditar a votação.
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