“Em 2020, o arrefecimento da inflação de serviços no Brasil repercutiu sobretudo a desaceleração dos preços dos serviços superiores, que foram mais severamente impactados pela pandemia. Por outro lado, os preços de alimentação fora do domicílio aceleraram, influenciados em grande parte pela alta dos preços dos alimentos”, aponta o documento.
De acordo com o BC, a pandemia pode ter alterado o padrão de consumo das famílias de renda mais elevada. Devido às medidas de isolamento social, esses grupos reduziram o consumo de vários serviços superior, enquanto aumentaram os gastos com bens ou mesmo ampliaram suas poupanças.
“Atualmente, os serviços essenciais e a alimentação fora do domicílio respondem por quatro quintos da inflação de serviços acumulada em 12 meses. Em julho de 2021, as contribuições dos serviços essenciais e do subgrupo alimentação fora do domicílio para a inflação de serviços alcançaram, na ordem, 44,6% e 35,5% (26,3% e 25,3% em fevereiro de 2020), enquanto a contribuição dos serviços superiores alcançou apenas 19,9% (48,5% em fevereiro de 2020)”, detalhou o documento.
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